Agricultores familiares compõem 100% dos produtores de café no estado
(Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT)
Na última década, o Mato Grosso saltou da penúltima posição para se estabelecer como o 9º maior produtor de café do Brasil, de acordo com dados recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Esse marco significativo é fruto do esforço coletivo dos agricultores familiares, que compõem 100% dos produtores de café no estado, e do apoio crucial do programa MT Produtivo Café, promovido pelo Governo do Estado.
Lançado pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) e pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), o programa MT Produtivo Café tem sido essencial para a transformação do cenário cafeeiro em Mato Grosso.
A iniciativa distribui mudas de café, kits de irrigação, fertilizantes e equipamentos agrícolas, visando aprimorar as práticas de cultivo e aumentar a eficiência dos produtores.
Em 2014, Mato Grosso ocupava a penúltima posição na produção de café no Brasil, superando apenas o Acre, com uma produção de 165 mil sacas de café. Em 2024, o estado produziu 270,8 mil sacas, ascendendo à 9ª posição nacional.
Os municípios de Colniza, Nova Bandeirantes, Juína, Cotriguaçu e Aripuanã se destacam como os maiores produtores de café no estado. Atualmente, a produção de café envolve 29 municípios em Mato Grosso, solidificando ainda mais a posição do estado entre os 10 maiores produtores do grão no país.
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Produtividade por hectare plantado cresceu 185%
O secretário de Agricultura Familiar de Mato Grosso, Luluca Ribeiro, expressou sua satisfação com os resultados obtidos pelo programa MT Produtivo Café.
“Estamos extremamente satisfeitos com os resultados que temos alcançado com o programa MT Produtivo Café. Nosso objetivo é continuar fortalecendo a produção de café em nosso estado e garantir que Mato Grosso se destaque cada vez mais no cenário nacional”, afirmou Ribeiro.
Fabrício Tomaz, engenheiro agrônomo da Empaer, destacou que o crescimento da produção se deve principalmente ao aumento da produtividade nas lavouras.
Nos últimos 10 anos, a produtividade por hectare plantado cresceu 185%, passando de 8,2 sacas por hectare para 23,3 sacas por hectare.
“Embora a área cultivada tenha diminuído ao longo dos anos, a produtividade aumentou e isso é explicado pelo incremento tecnológico, como uso de plantas matrizes mais produtivas, prática da irrigação e correção química do solo”, explicou Tomaz.