Aprimoramento do cultivo e da colheita levou cafeicultura do Estado a outro patamar
A produção de cafés, principalmente a de grãos especiais, é um dos segmentos que mais se desenvolve atualmente. Para acompanhar esse crescimento constante, a atividade cafeeira aprimorou o cultivo e colheu premiados frutos, graças às ações de incentivo da Secretaria de Agricultura Pecuária, Pesca e Abastecimento do Estado (Seappa) do Rio de Janeiro.
Para se produzir um café gourmet, muitas especificidades devem ser observadas, principalmente em relação à fitossanidade. Nesse sentido, a Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal do Rio de Janeiro tem desenvolvido ações voltadas para controle, mapeamento, diagnóstico e educação sanitária junto aos produtores, visando garantir a qualidade da produção de cafés especiais em todo o Estado.
“A Coordenadoria tem levado aos produtores técnicas de manejo para a garantia da qualidade fitossanitária, com isto ganha o produtor e o consumidor”, afirma o coordenador de controle de agrotóxicos, Leonardo Vicente, acrescentando que a cultura do café tem grande importância econômica e social.
Segundo Vicente, para a produção de cafés de qualidade o primeiro passo está relacionado à origem do material de propagação utilizado na implantação do cafezal. Para isso, a Defesa Agropecuária tem monitorado e acompanhado as mudas produzidas nos viveiros determinado pela legislação.
Vicente informa, ainda, que nas regiões produtoras do Estado os cafeicultores têm recebido orientações sobre monitoramento, diagnóstico de pragas e uso de produtos agrotóxicos, de forma que a produção possa ter qualidade e permitir sua certificação. Esse trabalho engloba também as diretrizes da Coordenadoria Setorial de Vigilância Fitossanitária, que atua em conjunto com a setorial de Agrotóxicos.
Atividade em evolução
A cafeicultura do Estado do Rio de Janeiro tem acompanhado o ritmo de crescimento da atividade no País. “Registramos um aumento superior a 127% no preço da saca de café, no ano passado, o que garantiu um faturamento de R$ 151 milhões”, informou Gustavo Polido, gerente regional de café da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, Emater-Rio, vinculada à (Seappa). Ele acrescentou que para 2022 a expectativa é que a receita alcance R$ 345 milhões.
A área cultivada com café no Rio de Janeiro é de 10,5 mil hectares em 2022, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A cafeicultura do Estado está concentrada na região Noroeste, com 80% da produção, seguida pelas região Serrana, com 18%.