Os produtos caracterizados como biológicos têm baixo impacto ambiental, são sustentáveis e podem ser usados na agricultura orgânica
O Ato n° 70 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta segunda-feira, 11, no Diário Oficial da União, trouxe o registro de três novos defensivos agrícolas de baixo impacto, concedidos ainda em 2020, totalizando um recorde de 95 bioinsumos registrados no ano passado.
O resultado é reflexo do Programa Nacional de Bioinsumos, lançado em maio de 2020 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com o objetivo de aproveitar o potencial dos recursos biológicos na agropecuária brasileira.
O coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Mapa, Bruno Breitenbach, ressalta que os novos registros confirmam 2020 como o ano mais importante para o registro de biopesticidas, importantes ferramentas para tornar a agricultura brasileira ainda mais sustentável.
“Nunca se registrou tantos produtos fitossanitários sustentáveis como nesse ano. Anteriormente, o ano de 2018, com 52 produtos registrados, era o maior já alcançado com esse perfil”, destaca o coordenador.
Atualmente, soma-se um total de 411 produtos de baixo impacto disponíveis para os produtores.
Os produtos considerados de baixo impacto possuem ingredientes ativos biológicos, microbiológicos, semioquímios, bioquímicos, extratos vegetais e reguladores de crescimento, podendo ser autorizados em vários casos na agricultura orgânica.
Esses produtos são importantes para agricultura não apenas pelo impacto toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente (minor crops), pois esses produtos são registrados por pragas e não por cultura. como ocorre com os químicos.
Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.