A estiagem prolongada e a demora da chegada do frio neste inverno aumentaram a pressão de lagartas nas lavouras de trigo, nas regiões das Missões e do Noroeste do Rio Grande do Sul. Algumas áreas foram seriamente comprometidas e o produtor precisou fazer o replantio das lavouras.
Para combatê-las, a recomendação é aplicar inseticidas. Segundo o gerente de Experimentação da Biotrigo Genética, Giovani Facco, foram identificadas nas lavouras das localidades atingidas até o momento, principalmente, duas espécies: Spodoptera frugiperda e Pseudaletia sequax.
Essa infestação causa sérios danos à produtividade do trigo, comprometendo o estabelecimento adequado da cultura. “Na fase de implantação e estabelecimento da cultura os danos são severos, porque as lagartas raspam as folhas, causando a perda da área fotossintética e também cortando-a rente ao solo e causando a sua morte, como o que ocorreu em áreas da região de Santa Rosa e São Luiz Gonzaga”, relata Facco, acrescentando que, nessas lavouras, o trigo precisou ser semeado novamente.
A recomendação do doutor em Agronomia é o monitoramento diário da lavoura e entrar com medidas de controle para baixar a população da lagarta. “O controle é tarefa complexa, devido ao habito noturno principalmente da Spodoptera. É preciso localizar, identificar a espécie, monitorar e fazer o manejo com inseticidas.
De acordo com o especialista, nessa fase, se as aplicações foram feitas a tempo, a infestação pode ser controlada. Os agroquímicos mais efetivos para controle curativo, segundo ele indica, são as Espinosinas e o Benzoato de Emamectina.