Iniciativa é parte da estratégia para alcançar as metas de redução das emissões de carbono no transporte marítimo, responsável por cerca de 3% das emissões globais de gases do efeito estufa. (Foto: Wärtsilä)
A Raízen, empresa de energia conhecida pela produção de etanol, e a Wärtsilä, que atua no transporte marítimo, assinaram um Acordo de Descarbonização para estudar a aplicação do etanol como combustível marítimo. A iniciativa visa reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEEs), oferecendo novas opções aos clientes que buscam alternativas de combustível sustentáveis.
“O etanol é um promissor combustível marítimo prontamente disponível”, afirma Paulo Neves, vice-presidente de Trading da Raízen. “Ao colaborarmos com a Wärtsilä, esperamos apoiar os esforços globais de descarbonização do setor marítimo, com o Etanol sendo uma contribuição viável para um portfólio de soluções de baixo carbono”.
No âmbito de seu programa de descarbonização de frota, a Wärtsilä vem conduzindo testes em sua tecnologia usando etanol como combustível principal.
“Estamos investindo pesadamente no desenvolvimento de tecnologias, motores e soluções voltadas para combustíveis marítimos de baixo e zero carbono. Este acordo com a Raízen, empresa comprometida em apoiar a descarbonização do setor, é mais um exemplo de como buscamos formas de viabilizar a jornada rumo a um futuro descarbonizado”, comenta Stefan Nysjö, vice-presidente de fornecimento de energia da Wärtsilä Marine Power.
Substituição dos combustíveis fósseis
A substituição de combustíveis fósseis por etanol produzido de forma sustentável no transporte marítimo pode reduzir as emissões de CO2 em até 80% em uma rota padrão do Brasil para a Europa, de acordo com estudos preliminares da Raízen.
Segundo a companhia, o etanol tem o potencial de ser uma solução viável para descarbonizar o setor, uma vez que proporciona maior flexibilidade e opcionalidade à medida que a indústria avança em direção a uma combinação de alternativas de combustíveis com menores emissões.
O transporte marítimo é responsável por 90% do comércio global e por 3% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE). A Estratégia Inicial de GEE da Organização Marítima Internacional (IMO, de International Maritime Organization) espera reduzir as emissões de carbono do transporte marítimo internacional em 40% até 2030 e 70% até 2050 em relação aos níveis de 2008.