Altas temperaturas favorecem a deterioração dos alimentos, elevando a possibilidade do surgimento de doenças como as gastrointestinais (Foto: jcomp on Freepik)
Em épocas muito quentes é preciso atenção redobrada no consumo de alimentos e de água. As temperaturas mais elevadas são propícias para a proliferação de microrganismos, que podem causar diversos tipos de doenças.
A nutricionista e técnica em Bem-estar Social do Plantão Técnico da Emater-MG, Samira Tanure Fonseca, dá algumas dicas para se precaver.
“Nas altas temperaturas, a gente vê que a durabilidade de frutas, legumes e vegetais, que compramos, é menor. Os alimentos preparados em casa podem ser contaminados se não seguirmos todos os cuidados de higiene necessários”, alerta.
Segundo ela, o ideal é que se faça a refeição e sirva de imediato ou então coloque o alimento preparado na geladeira e só retire no momento de servir.
“As altas temperaturas favorecem a deterioração dos alimentos, elevando a possibilidade do surgimento de doenças como as gastrointestinais”, explica Samira.
Evitar a contaminação dos alimentos
A especialista reforça que após o consumo das refeições, deve-se evitar deixar as comidas fora da refrigeração.
“Elas devem ser guardadas imediatamente na geladeira. A sobra de alimentos resfriados deve ser totalmente reaquecida para ser consumida novamente. Mas se houver alguma mudança no aspecto ou odor do alimento, ele deve ser descartado”, diz a nutricionista.
Além da manipulação inadequada dos alimentos, a falta de higiene das mãos é outro erro que pode levar a uma contaminação dos alimentos, favorecendo a ocorrência de doenças transmitidas por alimentos (DTA).
“A lavagem das mãos é muito importante. Mesmo aparentemente limpas, as mãos estão carregadas de micro-organismos, por isso é importante a lavagem não apenas com água corrente, mas também com sabão”, salienta a nutricionista.
Evitar carnes cruas e maionese
Samira alerta ainda que nos dias de calor é melhor não consumir carnes ou outros alimentos de origem animal mal passados ou crus. A preferência deve ser por grelhados.
“É importante evitar no calor alimentos muito manipulados, molhos condimentados, como maionese, que quando muito aquecidos causam proliferação de bactérias causadoras de diarréia, mal-estar e vômitos”, recomenda Samira.
Em vez de molho na salada, ela sugere fazer vinagrete ou acrescentar azeite, ou seja, substituições que são mais saudáveis e com menos risco de contaminação.
As frutas e verduras devem ser bem lavadas, esfregando esses alimentos para retirar os resíduos orgânicos. “Depois deixe elas de molho por 15 minutos em água com cloro e enxágue ao final”, diz a nutricionista.
Segundo ela, tempo e temperatura são dois fatores importantes no preparo das refeições.
“O tempo máximo de exposição de um alimento cru a temperatura ambiente não pode ultrapassar meia hora”, alerta a especialista da Emater-MG.
Atenção redobrada na alimentação fora de casa
Para quem se alimenta fora de casa, os cuidados devem ser redobrados. É importante estar atento à refrigeração e preparo do alimento.
“Comidas de rua, especialmente, devem ser evitadas, pois em geral nesses locais não é possível manter a refrigeração adequada. Sem falar que a procedência dos alimentos e a higiene em sua preparação são desconhecidas”, chama a atenção a nutricionista.
Samira ressalta ainda que, com o calor intenso, as mudanças fisiológicas do corpo devem ser ajustadas a uma alimentação especial.
“O melhor é investir em alimentos de fácil digestão, como verduras, frutas, legumes e carnes magras. Também devemos consumir muita água potável, sucos naturais e água de coco para manter a hidratação”, recomenda.