O número de animais abatidos com inspeção sanitária (municipal, estadual ou federal) cresceu 33% em Minas Gerais entre 2004 e 2010. No mesmo período, o país registrou crescimento de 13% no volume de abates. O levantamento foi feito pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o secretário de Agricultura, Elmiro Nascimento, o crescimento é resultado de investimentos privados na reativação de plantas frigoríficas que se encontravam paralisadas. “O quadro atual é o resultado concreto das ações implementadas pelo programa Minascarne”, afirma.
Lançado em 2004 numa ação conjunta das secretarias de Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Fazenda, o programa tem por objetivos aumentar a competitividade dos estabelecimentos mineiros de abate, melhorar a qualidade da carne produzida e comercializada e ampliar as exportações mineiras.
De acordo com a análise do secretário, até há pouco tempo, Minas Gerais era um grande exportador de animais “em pé” para outros Estados, principalmente para São Paulo. O abate de animais fora de suas fronteiras gerava prejuízos para o Estado, que perdia em arrecadação de impostos e deixava de gerar emprego e renda, entre outros benefícios. “Desde a implantação do programa, a taxa média anual de crescimento do número de abates inspecionados é de 2,2%, quase o dobro do percentual registrado nacionalmente, que se manteve em 1,2% ao ano”, explica.
Crescimento das exportações
O Estado também ampliou sua participação tanto no valor quanto no volume exportado pelo país. Em 2004, Minas respondia por 1,86% do valor exportado, totalizando US$ 46 milhões. Em 2010, as exportações mineiras representaram 6,72% do valor total comercializado para outros países, somando US$ 307 milhões. Em relação ao volume exportado pelo país, a participação do percentual do Estado passou de 1,87% em 2004 para 6,5% em 2010.
Segundo o secretário da Agricultura, esse crescimento das exportações não registrou aumento ainda maior porque houve aquecimento da demanda interna. No período de 2004 a 2010, o consumo per capita de carne bovina no país passou de 37,1 kg para 37,4 kg. “Neste período, a população registrou crescimento expressivo de 10,7 milhões de habitantes. Além de ter havido crescimento no consumo por habitante, a população cresceu consideravelmente, e a produção conseguiu atender a demanda”, ressalta o secretário.