Produzido na Canastra, iguaria bate concorrentes famosos e fica em primeiro lugar na avaliação de site americano
Produtores de Queijo Minas Artesanal da região da Canastra estão comemorando notícia divulgada na terça-feira (21/6), pelo site americano Taste Atlas. Num ranking dos 50 melhores queijos mundiais, a iguaria mineira aparece em primeiro lugar, deixando para trás os conhecidos Grana Padano, Gorgonzola Piccante e Pecorino Sardo, entre outros queijos famosos internacionalmente.
A Emater-MG, empresa vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), que presta assistência técnica e extensão rural a muitos produtores de queijos artesanais mineiros, também saudou o bom desempenho do produto apontado pela plataforma.
“O reconhecimento da qualidade do Queijo Minas Artesanal, produzido na região da Canastra, muito nos orgulha. E reflete o resultado de um esforço conjunto de todo o sistema de agricultura do Estado. Ninguém faz nada sozinho”, comemorou o diretor-presidente da entidade, Otávio Maia.
Segundo o gerente executivo da Associação dos Produtores de Queijo da Canastra (Aprocam), Higor Douglas de Freitas, o Testa Atlas é como se fosse um guia de viagem semelhante ao Guia Quatro Rodas, que recebe informações dos usuários e vai ranqueando. “É uma conquista expressiva, pois reconhece cada vez mais a qualidade do nosso queijo e o trabalho dos produtores para entregar um bom produto aos consumidores”, argumentou.
Agregar valor
Os concursos de qualidade do Queijo Minas Artesanal, promovidos pela Emater-MG, sejam nos níveis municipal, regional e estadual, têm por objetivo estimular a produção, agregar valor e incentivar a melhoria da qualidade do queijo e a legalização das queijarias, junto aos órgãos de inspeção sanitária.
O Queijo Minas Artesanal é produzido a partir de leite de vaca cru, ordenhado na mesma propriedade onde fica a queijaria. A iguaria, além de seu sabor especial, se destaca por ser um dos representantes mais típicos da história mineira, com seu jeito de preparo sendo passado entre gerações. O modo artesanal da fabricação foi registrado como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Além das dez microrregiões produtoras do Queijo Minas Artesanal (Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Entre Serras da Piedade ao Caraça, Serras da Ibitipoca, Serra do Salitre, Serro e Triângulo Mineiro), o Estado mineiro tem mais outras cinco regiões caracterizadas. Isso significa que passaram por estudo que identificou e definiu o tipo de queijo.
Essas regiões produzem os seguintes queijos artesanais: Cabacinha, Serra Geral, Vale do Suaçuí, Alagoa, Mantiqueira de Minas. Hoje já se sabe que cada um deles tem características peculiares, como o sabor, por exemplo, que sofre a influência do clima e da pastagem predominante. A origem e manejo do rebanho e até o perfil do produtor também são determinantes no tipo de queijo de cada lugar.