Primeiro capítulo da série “De Lá Pra Cá” apresenta o caminho das fazendas de criação até a mesa do consumidor
Para fazer o caminho das fazendas de criação até a mesa do consumidor, de forma sustentável, o camarão cultivado passa por controles rígidos de qualidade para garantir um alimento saudável e seguro. Essa caminhada foi o mote do primeiro capítulo da série “De Lá Pra Cá – De onde vem o que consumimos”, realizada pelo Movimento Todos a Uma Só Voz, lançado em fevereiro de 2021, para conectar a cadeia produtiva do agro
O primeiro episódio foi transmitido pelo canal do YouTube do Movimento, no dia 19 de agosto, e reuniu três especialistas em carcinicultura: o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Rodrigo Carvalho, e o produtor da empresa Tecnarão Tecnologia de Camarão, Marcos Aldatz. E contou com o moderador e coordenador e mentor do Movimento, Ricardo Nicodemos.
Evolução
Segundo Carvalho, a aquicultura tem mostrado evolução constante em seus métodos produtivos como mudanças em relação às melhorias na qualidade da água e no solo, no monitoramento dos animais por meio de sensores e nos avanços em genética, além de pesquisas sobre nutrição do camarão para deixá-lo mais saudável, regulando o seu metabolismo para adquirir mais imunidade.
“O processo produtivo do camarão começa na seleção da área de cultivo, passa pelas boas práticas de manejo, qualidade da água, nutrição e, na indústria, que deve seguir legislação rigorosa de conservação e monitoramento constante para que o alimento chegue ao consumidor final de forma saudável e segura”, explicou Carvalho.
Envolvido com o camarão desde os 4 anos de idade, Aldatz, da Tecnarão Tecnologia de Camarão, apresentou, por meio de fotos, o ciclo na fazenda de engorda até a indústria. “Os camarões são colocados em tanques menores e alimentados com ração de alta qualidade e monitorados por até 30 dias. Daí, os animais passam para os viveiros, por até 90 dias, até atingirem o tamanho comercial”, relata.
Padronização
Na indústria, os camarões também seguem um rigoroso padrão de qualidade. São lavados, separados, descascados, classificados e submetidos a uma técnica de congelamento rápido que mantém as propriedades alimentícias intactas para garantir a qualidade do alimento que chega às prateleiras.
Um desses controles é garantido pelo selo Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (Mapa), que avalia a situação na produção de alimentos de origem animal.
“Conheci muitos países produtores do camarão, sempre em busca de informação para trazer para o Brasil o conhecimento para que os produtores explorem a atividade, porque tem espaço de crescimento no mercado interno, gerando mais renda e emprego de forma sustentável”, disse Rocha, presidente da ABCC, que apresentou um panorama da produção do camarão cultivado.
O primeiro capítulo da série pode ser acessado no link: https://youtu.be/pyZs4aA6K3g