Sétimo maior produtor de tomate do mundo, o Brasil possui cultivos dessa fruta na maioria dos Estados. No entanto, apresenta custos muito elevados em campo, mesmo em regiões como Santa Catarina, que ocupa a sexta posição em área cultivada no País e a sétima em produção e produtividade, chegando a 80 toneladas de hectares.
A constatação é do estudo Tomate: Análise dos Indicadores da Produção e Comercialização no Mercado Mundial, Brasileiro e Catarinense, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira, 26 de novembro.
Em alguns casos, conforme o levantamento, os custos ultrapassam a marca de R$ 90 mil por hectare, em virtude da grande quantidade de insumos e mão de obra utilizados.
A fruta também possui alta perecibilidade frente aos problemas climáticos ocorridos na colheita, principalmente as elevadas temperaturas, que aceleram sua maturação. Além disso, o aumento da oferta do produto maduro causa redução de preço e da rentabilidade para o produtor.
Agricultura familiar
De acordo com a Conab, nessas situações, o tomaticultor optante pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), cuja cultura faz parte da lista de produtos amparadas pelo Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF), tem direito ao bônus de desconto para quitar suas dívidas de financiamento quando o valor de mercado estiver abaixo do preço de referência estipulado pelo programa.
No caso de Santa Catarina, segundo o compêndio, a maior parte da área comercial destinada ao produto está concentrada nas microrregiões de Joaçaba, Florianópolis e Serrana, que representam em torno de 88% da área e 92% da produção.