Levantamento realizado pelo Cepea sinaliza recuperação das perdas causadas por covid-19
O número de pessoas ocupadas no agronegócio no segundo trimestre deste ano mostra recuperação comparado à forte diminuição observada no mesmo período de 2020, quando a pandemia de covid-19 no País começou a se acelerar e a causar reduções nos postos de trabalho. No agronegócio, as perdas mais acentuadas naquele período ocorreram no ramo agrícola, tanto na agricultura dentro da porteira quanto na agroindústria.
Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP, mostra que, de abril a junho de 2021, 18,04 milhões de pessoas estavam atuando no agronegócio, ante 16,73 milhões no mesmo período de 2020, o que indica uma recuperação de 7,9% (o equivalente a 1,319 milhão de pessoas). Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o aumento foi de de 3,6% (ou de 628 mil pessoas).
Segundo pesquisadores do Cepea, todos os segmentos apresentaram crescimento no número de ocupados entre o primeiro e o segundo trimestres deste ano, com destaque para a agropecuária, com 4,2% a mais, o equivalente a 353 mil pessoas. Na comparação entre os segundos trimestres de 2020 e de 2021, o destaque novamente foi a agropecuária, com 12,07% de crescimento, totalizando 940 mil pessoas.
Participação
Com a recuperação ocorrida no segundo trimestre de 2021, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro cresceu 20,55%, ante 20,33% no primeiro trimestre deste ano e 20,07% de abril a junho de 2020, conforme os dados apurados pelo Cepea.
Os principais aumentos em termos de ocupações foram para trabalhadores com ensino fundamental ou médio. Quanto ao gênero, o aumento relativo das ocupações foi superior para as mulheres.