O Brasil possui atualmente 307 agtechs, startups voltadas para o setor agropecuário, segundo levantamento inédito realizado em abril pela Liga Insights – plataforma que reúne conteúdos relevantes sobre inovação e startups em diversos setores –, em parceria com a Liga Ventures, Supera Parque e Inova.Jab.
Também conhecidas como agritechs e agrotechs, as startups do agro foram divididas em 18 categorias, sendo as primeiras colocadas: biotecnologia, hard sciences e bioenergia com 11%, empatadas com as empresas desse segmento que desenvolvem sensores e tecnologias de IoT (Internet das Coisas).
Na sequência, aparece o setor de drones ou vants (veículos aéreos não tripulados) e geoprocessamento, com 10%. Os serviços de e-commerce, marketplace e economia compartilhada destinadas ao agronegócio também representam 10% desse mercado. Data Analytics, Inteligência Artificial (IA), Business Intelligence (BI) somam 7%, seguidas por gestão animal (6%), gestão de lavoura (6%) e gestão de propriedades (5%).
As startups do agro que oferecem serviços de bem-estar animal e aquicultura chegam a 5% e farm-to-table (segmento que promove a alimentação local em restaurantes e refeitórios escolares, preferencialmente por meio da aquisição direta do produtor) aparece com 4% e empatada com soluções de novas formas de plantio e clima inteligente.
Análise de banco de dados
O mapeamento analisou um banco de dados com mais de 15 mil startups de todo o Brasil e, de acordo com o estudo, as agtechs vêm se destacando entre as empresas do agro. Só em 2017, foram gastos algo em torno 437 milhões de dólares em investimentos nessa área, ano recorde de iniciativas voltadas para a agricultura e pecuária.
Para Raphael Augusto, startup hunter da Liga Ventures e responsável pelo Liga Insights, as inovações precisam estar presentes no dia a dia do produtor, para que o setor cresça com escalabilidade e sustentabilidade, atendendo as futuras configurações do mercado.
“A agropecuária é, sem dúvida, uma das áreas mais importantes para o desenvolvimento e crescimento do País. E para que o setor tenha cada vez mais resultados positivos é indiscutível a necessidade da tecnologia se tornar, de fato, parceira dos produtores, sejam eles grandes, médios ou pequenos”, comenta o executivo.
Em sua visão, “as soluções vindas de startups podem ajudar a acelerar o processo de informatização do setor, de maneira democrática, trazendo benefícios de produtividade, escala, precisão, redução de desperdícios e aumento de vendas para os produtores”.
O levantamento
O levantamento contou com mais de 40 entrevistados, entre especialistas, empreendedores e grandes empresas, como Fundepag, BNDES, Raízen, Yara, BRF, John Deere, USP e Mãe Terra.
Também utilizou um banco de dados com mais de 15 mil startups brasileiras com base em inscrições para os programas de aceleração, eventos da Liga Ventures, recomendações, notícias em portais de negócios e busca ativa de startups. O estudo conta com o patrocínio das gigantes: Ambev, Cargill, IGC Partners, Derraik & Menezes Advogados.
Confira o mapeamento completo pelo link nsights.liga.ventures/estudos-completos/agtechs-agro.
Edição especial d’A Lavoura
Na edição impressa nº 717, a revista A Lavoura destaca o movimento de startups voltadas para o setor agropecuário. Para ler nossa publicação gratuitamente, em nossa plataforma online, clique aqui.
Enviada aos associados da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), produtores rurais e profissionais do agronegócio em geral, a mais antiga revista do agro do País também é distribuída em universidades e faculdades, centros de pesquisa, federações, sindicatos e associações rurais, instituições profissionais de agronomia, veterinária e nutrição, empresas agropecuárias e agroindústrias, além de bibliotecas do Brasil e do exterior.
Para assinar as edições impressas, veiculadas desde 1897 pela SNA, envie um e-mail para assinealavoura@sna.agr.br e conheça nossas condições superespeciais.