A tecnologia pode integrar toda a produção da fazenda em tempo real, facilitando a tomada de decisões e aumentando a produtividade (Foto: Divulgação)
Mais do que sensores isolados e ferramentas desconectadas, o futuro da agricultura está na Inteligência Artificial Generativa, com a orquestração inteligente de dados que conectam toda a produção em tempo real, trazendo mais eficiência, produtividade e simplicidade para o produtor rural.
Conforme destaca o CTO da Sol By RZK, Roberto Bravo, o agro brasileiro não precisa de mais promessas isoladas, mas de sistemas que enxerguem a fazenda como um organismo vivo, capaz de integrar todas as suas partes e facilitar a tomada de decisão.Bravo explica que, embora tecnologias como drones, sensores e plataformas climáticas estejam cada vez mais presentes, a falta de interoperabilidade entre elas gera um volume enorme de dados fragmentados e pouco úteis para o dia a dia do produtor.
Segundo ele, a solução está na IA Generativa, que permite criar plataformas capazes de orquestrar múltiplos agentes digitais especializados, cruzando informações de clima, solo, maquinário, logística e finanças, para sugerir ações concretas e contextualizadas, em tempo real. “Não se trata de substituir o produtor, mas de devolver a ele o controle, oferecendo clareza e recomendação prática, sem sobrecarregá-lo com dados complexos”, afirma o especialista.
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Cenário

Segundo o Índice de Transformação Digital 2024 da PwC, o agronegócio brasileiro ainda apresenta um nível médio de maturidade digital de 3,1 em uma escala de 6. Foto: Divulgação
De acordo com o Índice de Transformação Digital 2024 da PwC, o agronegócio brasileiro ainda apresenta um nível médio de maturidade digital de 3,1 em uma escala de 6. Entretanto, 78% dos CEOs do setor já planejam integrar a inteligência artificial às suas operações nos próximos anos, mostrando a forte demanda por soluções integradas.
Hoje, 45% das fazendas brasileiras já utilizam dispositivos de Internet das Coisas (IoT) e 36% aplicam modelos de IA em áreas específicas, mas ainda falta a coordenação inteligente entre essas tecnologias para promover um salto na produtividade e resiliência do setor.
“O agro brasileiro tem todos os ingredientes para liderar essa revolução tecnológica. O desafio é abandonar os silos digitais e apostar em plataformas inteligentes que entreguem uma visão completa, contextualizada e prática da produção, para que o produtor colha mais e melhor”, conclui Bravo.