Banana, pimenta-do-reino e café conilon são as principais apostas dos agricultores de Itabirinha, MG
No município de Itabirinha, no Vale do Rio Doce, a aposta na diversificação da produção agrícola tem contribuído para melhorar a renda de agricultores familiares, além de contribuir para manter os jovens no campo. O produtor Eliseu Severino, por exemplo, trocou a atividade, leiteira, que não estava com boa remuneração, pelo cultivo de banana, pimenta-do-reino e café conilon.
“A banana, além, de ser um produto que praticamente todos consomem, aqui na região há uma fábrica de banana chips, onde entregamos a maior parte da produção. O restante, vendemos para o mercado do município”, conta Severino.
Outras culturas
Para o investimento na pimenta-do-reino, ele contou com o incentivo do cunhado, que mora no Espírito Santo. “Ele me disse que eu teria mais lucro do que com hortaliças, então, eu decidi plantar 500 pés”, relata e acrescenta que até desenvolveu uma máquina para debulhar os grãos de pimenta, e assim facilitar o preparo do produto para venda.
Quanto ao café conilon, variedade mais adaptada à região, também foi implantada com o objetivo de ter uma atividade mais lucrativa e também para manter no meio rural os seus filhos, que já tinham tentado viver em outro país, em busca de melhor qualidade de vida.
Assistência
O coordenador técnico regional Ronald Hott, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), destaca a importância das atividades agrícolas que utilizam mais mão de obra como forma de conter o êxodo rural.
“Tanto a pecuária de leite como a de corte demandam pouca mão de obra, já a agricultura, exige mais. Assim, estimulamos os filhos dos produtores a permanecerem nas propriedades, com renda e qualidade de vida”, afirma. “Na nossa região, muitos saem do campo para tentar oportunidade nos Estados Unidos.”
Outro produtor que decidiu apostar no café conilon, em Itabirinha, foi José Pereira da Silva. “Tive a ajuda do escritório da Emater do município, para conseguir implantar a minha produção”, diz ele. “O mercado de café está bem melhor do que o leite. Tem dado certo”, atesta.