Empresas, indústrias e demais setores produtivos devem devolver à natureza água limpa e própria para o consumo (Foto: Pixabay)
Não há dúvida de que a água é um dos bens mais preciosos e preservá-la é garantir a sobrevivência do planeta. Hoje (22 de março) é comemorado o Dia Mundial da Água e, no Brasil, segundo o ranking de Saneamento Básico, editado pelo Instituto Trata Brasil, mais de 35 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à água potável.
“A água é o elemento que possui maior foco de contaminação no mundo e, quando limpa, contribui para preservar o meio ambiente e proporcionar mais qualidade de vida para as pessoas”, destaca a CEO da AquaVita – Laboratório de Análises, Ana Paula Gonçalves
A empresa realiza análises ambientais e de controle de qualidade em efluentes, solo, alimentos e cosméticos, identificando se a água está apta para o consumo humano. “Lutamos pela preservação das nossas águas, se cada um evitar a contaminação – indústrias, empresas, condomínios –, teremos água potável e mares balneáveis.”
De acordo com o Índice de Qualidade das Águas (IQA), da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que monitora a qualidade das águas superficiais e subterrâneas e é o principal indicador qualitativo usado no país, para a água estar apta para o consumo, é levado em consideração alguns requisitos na hora de avaliar a qualidade da água.
É utilizado como base se a temperatura da água está adequada, pH, oxigênio dissolvido, resíduo total, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes termotolerantes, nitrogênio total, fósforo total e turbidez.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano, cerca de 600 mil pessoas morrem por intoxicação alimentar e 420 mil adoecem após ingerir alimentos impróprios para consumo. Dentre as doenças que podem afetar quem consome produtos contaminados estão gangrena, salmonelose, gastroenterites, apendicite, febre tifóide, colite hemorrágica, entre outras condições.
“Os principais indicadores para verificar a contaminação das águas são as análises de Coliformes Totais, Coliformes Termotolerantes e Escherichia Coli. As duas últimas são bactérias patogênicas (causadoras de doenças) e indicativo de contaminação fecal”, comenta.
LEIA TAMBÉM:
→ Soluções para água e saneamento são missão de startup
Monitoramento das águas
Ana Paula explica que é possível verificar se há algum contaminante através de análises laboratoriais, como metais pesados e bactérias patogênicas em águas tratadas, subterrânea, superficial, purificada e água de hemodiálise. Já as águas superficiais, esclarece, são análises de amostras de rios e lagos, nas quais verificamos se possuem alguma contaminação por efluentes clandestinos, ou se são apropriados para recreação ou pesca.
“Já nas águas subterrâneas, quando os clientes possuem poços, verificamos se essa água é própria para consumo. Por fim, no caso de água purificada e de hemodiálise, são realizadas análises para clínicas, farmácias de manipulação e hospitais que precisam verificar o padrão da água de acordo com as legislações vigentes”, detalha.
Por isso, empresas, indústrias, condomínios, restaurantes, hospitais, entre outros, que utilizam água em seus processos, devem realizar análises antes e após o uso, garantindo que a água esteja própria para o consumo e sendo destinada de forma segura para o meio ambiente.
Para realizar esses procedimentos, a AquaVita utiliza análises microbiológicas da Kasvi, empresa brasileira que lançou quatro novos equipamentos que servirão para auxiliar as empresas no monitoramento dos padrões de qualidade de água e outras amostras líquidas. As soluções lançadas são o Turbidímetro, Medidor Multiparâmetros e dois modelos de pHmetros, projetados para medições rápidas e precisas em laboratórios ou diretamente nos locais.