Em 2021, esses entrepostos comercializaram 17,5 milhões de toneladas de produtos hortigranjeiros e movimentaram R$ 47,54 bilhões
As Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país tiveram aumento no volume de comercialização no ano de 2021, em relação ao ano anterior, movimentando 17,5 milhões de toneladas de produtos hortigranjeiros, o equivalente a uma receita de R$ 47,54 bilhões. Na comparação com os dados de 2020, o incremento foi de 2,08% na quantidade e 6,63% no valor.
As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (23) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no boletim sobre a comercialização total de frutas e hortaliças nas Ceasas, por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort).
De acordo com o boletim, as Ceasas das regiões a seguir apresentaram aumentos no total comercializado: Centro-Oeste (2,83%), Nordeste (7,41%), Norte (13,81%) e Sul (2,81%);. Em contrapartida, as da região Sudeste tiveram queda de 1,09%. Quanto à receita, todas as regiões do país registraram aumento, sendo 9,16% no Centro-Oeste, 7,79% no Nordeste, 11,99% no Norte, 3,61% no Sudeste e 14,46% no Sul.
Entre os maiores entrepostos do Brasil, a comercialização de hortigranjeiros, a Ceagesp/SP movimentou 3.054.856 toneladas (R$ 8,59 bilhões), a CeasaMinas/MG, 1.462.413 toneladas (R$ 3,85 bilhões), a Ceasa de Juazeiro/BA , 1.427.574 toneladas (R$ 3,60 bilhões) e a Ceasa do Rio de Janeiro/RJ, 1.338.263 toneladas (R$ 3,86 bilhões).
Ainda conforme o estudo, o percentual de participação das regiões na comercialização do setor hortigranjeiro do país tem se mantido constante nos últimos anos. A região Sudeste respondeu por 51% (8.837.976 toneladas), seguida da região Nordeste, com 26% (4.555.684 toneladas), Sul com 13% (2.340.541 toneladas), Centro-Oeste, com 8% (1.461.725 toneladas) e Norte, com 2% (295.071 toneladas). Quanto ao valor transacionado, o percentual do Sudeste foi de 52%, do Nordeste 23%, do Sul 14%, do Centro-Oeste 9% e do Norte 2%.
Frutas
A comercialização de frutas brasileiras nos entrepostos estudados fechou 2021 com estabilidade na quantidade total, comparada a 2020. “Houve um pico de crescimento em março, devido a fatores como o retorno às aulas em alguns locais, flexibilização das medidas de combate ao coronavírus durante o ano, melhores preços de algumas frutas, e quedas nos últimos quatro meses do ano”, cita o superintendente de Estudos Agroalimentares e da Sociobiodiversidade da Conab, Marisson Marinho.
“A retração nos últimos meses do ano foi creditada ao aumento de preços no atacado e no varejo, por influência dos baixos investimentos em algumas culturas, como o mamão, ou mesmo restrição da oferta por redução da safra, no caso da maçã e laranja, além da alta nos combustíveis, que está na base da cadeia logística e de produção”, explica Marinho.