Por meio de um vídeo curto e impactante, que conta com a participação de diversos artistas, personalidades, médicos e nutricionistas, a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) busca conscientizar o público para tentar prevenir o surgimento de novas epidemias e superbactérias que, sabidamente, põe em risco a saúde e a própria economia global.
O conteúdo associa diversas doenças e vírus que assolam a humanidade como os da SARS, Ebola, HIV, gripe suína, gripe aviária, além de outras doenças como sarampo e varíola, à caça e ao confinamento cada vez mais intensivo de animais para consumo humano.
O vídeo conta com celebridades como Xuxa, Junno Andrade, Luisa Mell, Emiliano D’Avila, Leilah Moreno e a atleta da seleção brasileira de vôlei, Macris Carneiro, que recebem o respaldo técnico da nutricionista coordenadora do Departamento de Nutrição e Saúde da SVB, Alessandra Luglio e do próprio presidente da entidade, Ricardo Laurino, além dos médicos Bruno Shoiti Maehara, Karla Santone, Daniel Cosendey Ganimi e Eric Slywitch.
“O material foi desenvolvido a partir de uma ideia da Dra. Karla Santone e recebeu o apoio da SVB para produção e divulgação, que também contribuiu com o contato para convite das personalidades”, conta o presidente da SVB, Ricardo Laurino.
Bomba Relógio
O vídeo reforça ainda as ações de recente campanha lançada pela entidade junto ao grande público, cujo objetivo é alertar sobre os riscos do consumo das proteínas de origem animal. Batizada de Bomba Relógio, em referência ao risco do consumo e exploração de animais e recursos naturais, a ação prevê diversas ações complementares ao vídeo, incluindo uma página na internet com informações e fontes relacionadas, além do trabalho de divulgação nas redes sociais.
O confinamento de animais para abate e consumo de seres humanos é uma das principais causas para o surgimento de novas doenças e a transmissão cada vez mais frequente para a população humana. Segundo dados compilados pela SVB, cerca de 700 mil mortes ao ano já ocorrem por infecções resistentes a antibióticos.
A estimativa é que, em 2050, o número de mortes por infecções resistentes a antibióticos deverá alcançar a marca de 10 milhões de pessoas, por ano – número maior do que àquelas causadas por câncer ou diabetes.
Superbactérias
A presença de cepas de bactérias resistentes a vários antibióticos (superbactérias) em alimentos de origem animal já foi relatada em diversos estudos. Um exemplo é que esses micro-organismos resistentes a vários medicamentos já foram identificados na carne vendida em sete mercados tradicionais, no estado de São Paulo.
A Organização Mundial da Saúde, por sua vez, já publicou uma lista das principais doenças emergentes que poderão causar surtos graves de doenças infecciosas no futuro próximo. Muitas têm origem na transmissão de patógenos de animais silvestres usados como alimento, ou de patógenos “cultivados” em animais confinados em fazendas industriais.
“Estamos perdendo o poder dos antibióticos pelo uso excessivo. A maior parte dos antibióticos consumidos no mundo é usada em animais criados para consumo, para que cresçam mais e sobrevivam até a idade do abate. A saúde da humanidade está em nosso prato. Considerar o veganismo agora é uma questão de saúde pública”, conclui o presidente da SVB.