Das cinco principais nações que exportam alimentos Halal para os 57 estados membros da Organização e Cooperação Islâmica (OIC), o Brasil está na primeira posição
Quando falamos de produtos que atendam consumidores islâmicos temos que levar em consideração a necessidade da presença do selo Halal estampado nas embalagens. Ele atesta que um determinado produto está em conformidade com as exigências de órgãos internacionais e Jurisprudência Islâmica.
Dessa maneira, o selo assegura que toda a linha de produção da fabricante foi inspecionada por uma certificadora autorizada pelos mais variados órgãos internacionais e que seu produto está apto para ser comercializado para inúmeros países e, consequentemente, permitido para o consumo.
“Vemos um amadurecimento e crescimento pela procura da certificação Halal”, insere o CEO da SIILHalal, Certificadora Halal Brazil, Chaiboun Darwiche.
Ele lembra que o Brasil por sua vocação natural na produção de alimentos é hoje um dos principais fornecedores global e a certificação Halal é o passaporte de acesso para inúmeras possibilidades para as indústrias brasileiras.
“Temos uma relação sólida entre os nossos países. O Brasil é um parceiro confiável e prioriza as relações internacionais o que abre um leque de oportunidades para produtos certificados”, insere Chaiboun.
Brasil é um dos maiores fornecedores de produtos Halal
O CEO enfatiza que o Brasil é um dos maiores fornecedores de produtos Halal para os países muçulmanos. Prova disso foi apresentado no Relatório do Estado da Economia Islâmica Global 2020-2021, realizado pela empresa de pesquisa americana Dinar Standard com apoio do Centro de Desenvolvimento da Economia Islâmica de Dubai, que atesta as projeções feitas pelo CEO da SIILHalal.
Ele destaca que das cinco principais nações que exportam alimentos Halal para os 57 estados membros da Organização e Cooperação Islâmica (OIC), o Brasil está na primeira posição.
“O país aparece no relatório com US$ 16,2 bilhões de alimentos Halal exportados, na sequência Índia com US$ 14,4 bilhões, Estados Unidos US$ 13,8 bilhões, Rússia US$ 11,9 bilhões e a Argentina fechando com US$ 10,2 bilhões”, informa.
Adicionalmente, avalia Chaiboun, a pandemia acentuou uma tendência que se apontava: aumentou a busca por produtos com Certificação Halal.
“Isso porque os não muçulmanos passaram a identificar um componente muito importante neste momento ímpar da história da humanidade, a segurança alimentar, quesito fundamental presente em todos os processos de produtos e alimentos que possuam a certificação”, relata.
Ele encerra informando que a SIILHalal atenta a todos os benefícios econômicos e sociais contidos na certificação Halal fica inteiramente à disposição dos empresários brasileiros interessados em participar deste mercado.
“Estamos tratando de um mercado que pode atingir US$ 3,2 trilhões em 2024 e que um produto com a certificação Halal pode ser consumido por mais de dois bilhões de pessoas no mundo hoje”, considera e encerra: “Participamos de um setor com rigorosos processos, regulado pela legislação nacional e que atende as normas nacionais e internacionais referentes ao Halal.”