Evolução tecnológica resulta em aumento da produtividade, mais qualidade dos alimentos, redução do impacto ambiental, redução de custos e aumento de renda
As máquinas que povoam as lavouras país afora talvez sejam os elementos mais visuais da evolução tecnológica que marca o agro atual. E de forma crescente, esses equipamentos passam por aperfeiçoamento, absorvendo novas funções que as tornam
mais precisas e conectadas.
Toda essa mudança, rumo a um agro digital, conectado, de precisão, resulta em aumento da produtividade, mais eficiência da mão de obra, mais qualidade dos alimentos, mitigação do impacto ambiental, redução de custos na aquisição e no uso de insumos, melhor planejamento das atividades diárias, e aumento de renda.
O presidente da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), José Guilherme Brenner, reforça que o setor de máquinas cresce muito em termos de tecnologia embarcada. Além disso, ele avalia que a tendência dessa indústria é produzir
máquinas com mais capacidade de trabalhar conectadas, digitalizadas, para serem usadas no conjunto de processos da agricultura de precisão.
O conceito de agricultura de precisão refere-se a um conjunto de técnicas que permite o gerenciamento localizado das lavouras, a fim de proporcionar mais controle sobre todo o processo produtivo e menores perdas, o que confere à atividade agropecuária
mais eficiência, sustentabilidade e lucratividade.
“Vemos plantadeiras, por exemplo, que funcionam com taxa variável e seguem mapas de produção pré-configurados. Também pulverizadores com capacidade de fazer aplicações de taxa variável. Esse é um caminho definitivo ao longo do tempo, para que
o produtor use os insumos nos pontos mais adequados da lavoura”, afirma o presidente.
Além das máquinas tradicionais, o mercado de robótica tem experimentado expansão expressiva, de acordo com o estudo “Agricultural Robots Market Size: Global Industry Trends, Share, Size, Growth, Opportunity and Forecast 2021-2026”, da consultoria global de pesquisa de mercado IMARC Group.
Os dados ali mostram que o mercado de robôs agrícolas deve crescer 25,5% por ano até 2026, e passar dos atuais US$ 5,4 bilhões para US$ 21,2 bilhões no período.
Junto da automação agrícola, os robôs podem representar um salto quantitativo e qualitativo na produção de alimentos. Na agricultura, podem ser usados no mapeamento de campo para análise de solo e foliar, fertilização e irrigação de precisão, controle de pragas e doenças, coleta de dados aéreos, monitoramento ambiental e climático. Na pecuária, nas tarefas de monitoramento e alimentação de animais. No campo, é possível verificar o ânimo do setor para investir nessa tendência.
Mapeamento de 2020 feito pela consultoria global de gestão e estratégia Boston Consulting Group mostrava que 45% dos empresários rurais brasileiros planejavam aumentar o investimento em novas tecnologias para a lavoura.
Do universo de entrevistados pela consultoria, 36% já investiam regularmente em digitalização, a maior parte localizada no Centro-Oeste e no oeste da Bahia. O índice nacional estava próximo do encontrado nos Estados Unidos e bem acima do de países europeus.
A adoção de tecnologias automatizadas e digitais é uma tendência do agro com a qual a AgroBrasília está inteiramente comprometida. De 23 a 27 de maio, a organização da Feira e as empresas levarão ao Parque Ivaldo Cenci inúmeras alternativas para empreendimentos agrícolas cada vez mais produtivos, sustentáveis e rentáveis.
Serviço
Feira AgroBrasília
Data e horário: 23 a 27 de maio, das 8h30 às 18 horas
Onde: Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD-DF, no Km 05 da BR-251, sentido
Brasília-DF/Unaí-MG
Realização: Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF)