Alimentação e saúde das articulações dependem dos cuidados com os hábitos alimentares (Foto: Divulgação)
Segundo o Atlas Mundial da Obesidade, cerca de 41% da população brasileira estará obesa até 2035; um percentual que pode chegar a 75% nos próximos 20 anos, conforme um estudo apresentado no Congresso Internacional sobre Obesidade 2024.
Um quadro alarmante, que pode acarretar o desenvolvimento de inúmeras complicações à saúde, como a artrose, caracterizada pelo desgaste das articulações, como as do joelho. Em níveis severos, a enfermidade só pode ser efetivamente tratada por meio de cirurgias que substituem as articulações por próteses ortopédicas, procedimentos atualmente apoiados por plataformas robóticas.
Conforme explica o general manager da Zimmer Biomet no Brasil, André Grativol, a artrose é caracterizada pelas dores crônicas e pela rigidez de articulações como as do joelho, reduzindo gradativamente a mobilidade e autonomia das pessoas que sofrem dessa condição.

Uma das orientações para evitar a artrose é adotar hábitos alimentares que possam contribuir diretamente para o controle do peso corporal e reduzir a sobrecarga das articulações. Foto: Divulgação
“Ao apresentar qualquer um dos sintomas relacionados à sua ocorrência, é recomendada a busca por ajuda médica. Um profissional especializado poderá conceder um diagnóstico correto e direcionar o paciente para outros acompanhamentos importantes, como o nutricional”, destaca.
Segundo especialista, uma forma de evitar que tais complicações aconteçam consiste em adotar hábitos alimentares que possam contribuir diretamente para o controle do peso corporal e reduzir a sobrecarga das articulações.
“E, mais do que isso, uma dieta balanceada é importante para que o organismo consiga produzir o colágeno, proteína sintetizada naturalmente pelo corpo e responsável por manter a saúde das cartilagens, bem como a manutenção do líquido sinovial, que lubrifica as articulações e diminui o impacto entre elas, acrescenta Grativol.
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O que comer e o que não comer
Sobre as recomendações, o especialista comenta que, atualmente, sabe-se que existem alimentos que contribuem para a boa saúde das articulações e que ajudam a evitar os danos nessas estruturas, principalmente por suas propriedades anti-inflamatórias.
Portanto, devem fazer parte da dieta os alimentos ricos em ômega 3, como o atum, sardinha, sementes de chia e linhaça; alho e cebola; frutas cítricas – como laranja e abacaxi, que são ricos em vitamina C – ; grãos integrais; frutas vermelhas (como melancia, goiaba e morango); e alimentos ricos em selênio, como ovos e castanha do Pará. Garantir bons níveis de vitamina D, também presente em ovos e peixes gordos, é igualmente essencial.

Atualmente, sabe-se que existem alimentos que contribuem para a boa saúde das articulações e que ajudam a evitar os danos nessas estruturas. Foto: Divulgação
Nesse sentido, entram todos os alimentos que apresentam potencial inflamatório no organismo, já que a artrose é um quadro decorrente da artrite – ou inflamação nas articulações. Por isso, alimentos industrializados e ultraprocessados, fast-foods, comidas ricas em sal e açúcar, gorduras, frituras e bebidas alcoólicas, devem ser excluídos do cardápio dos que desejam manter a boa saúde das articulações.
Na avalição do especialista, tais alimentos podem tanto aumentar a produção de substâncias inflamatórias no organismo, quanto contribuir para o aumento do peso corporal.
“Sabendo que o sobrepeso e a obesidade têm grande relação com dores articulares, ao gerar uma sobrecarga maior sobre os ossos e dificultar a realização de exercícios físicos com regularidade, readequar os padrões alimentares sem a presença desses alimentos, é fundamental”, complementa o executivo.