Pecan, castanha-do-brasil, castanha de caju e macadâmia com produção local conectam tradição, sustentabilidade e desenvolvimento regional nas comemorações de fim de ano (Foto: Divulgação ABNC)
O Natal é um dos momentos mais simbólicos do calendário, marcado por encontros familiares, celebrações e pela valorização de receitas que atravessam gerações. Entre aromas, sabores e memórias afetivas, as castanhas e nozes ocupam lugar central na construção das mesas natalinas, compondo desde pratos clássicos até releituras contemporâneas da ceia.
Neste cenário, ganha força a proposta de priorizar o consumo de variedades produzidas no Brasil, movimento continuamente incentivado pela Associação Brasileira de Nozes e Castanhas (ABNC), que destaca a importância da castanha-do-brasil e da castanha de caju, além da macadâmia e da noz-pecã, que, embora não sejam nativas, possuem produção local consolidada e em expansão, com presença cada vez mais expressiva no mercado interno.
Ricas em gorduras boas, proteínas, fibras, vitaminas e minerais, como selênio, magnésio e zinco, as castanhas e nozes contribuem para o equilíbrio da alimentação. Imagem: ABNC
Tradicionalmente associadas ao Natal por seu sabor marcante, textura diferenciada e valor simbólico ligado à abundância e à prosperidade, as castanhas e nozes estão presentes em inúmeras preparações típicas deste período. Elas integram farofas festivas, saladas especiais, arrozes natalinos com frutas secas, molhos para aves e carnes, recheios, crostas e acompanhamentos. Na confeitaria, aparecem em destaque em bolos, tortas, biscoitos, rabanadas, trufas, panetones e outras sobremesas que reforçam o clima de celebração e partilha característico das festas de fim de ano.
LEIA TAMBÉM:
→ Farinha de castanha-do-brasil tem proteína 60% superior à do trigo
Benefícios nutricionais
Além do apelo gastronômico, esses ingredientes também se destacam pelo valor nutricional, o que amplia ainda mais sua importância neste período do ano. Ricas em gorduras boas, proteínas, fibras, vitaminas e minerais, como selênio, magnésio e zinco, as castanhas e nozes contribuem para o equilíbrio da alimentação, mesmo em uma época marcada por refeições mais elaboradas e calóricas. Seu consumo consciente pode representar uma escolha mais saudável e funcional, sem abrir mão do prazer e do significado afetivo que a ceia de Natal carrega.
A valorização das castanhas e nozes brasileiras durante o Natal também representa um gesto de fortalecimento da cadeia produtiva nacional. A castanha-do-brasil mantém sua relevância histórica na região Norte, onde o extrativismo sustentável garante renda a comunidades tradicionais e contribui para a preservação da floresta. Já a castanha de caju é um importante motor econômico no Nordeste, envolvendo um amplo conjunto de produtores, cooperativas e agroindústrias que se intensificam especialmente neste período, atendendo à alta demanda do mercado.
A macadâmia reflete um movimento de expansão e diversificação da produção agrícola no país. Foto: Queennut
A noz-pecã e a macadâmia, por sua vez, refletem um movimento de expansão e diversificação da produção agrícola no país. Com áreas cultivadas em crescimento e maior presença nas prateleiras e na gastronomia brasileira, essas nozes vêm sendo incorporadas a receitas natalinas que unem tradição e inovação. Esse avanço acompanha uma tendência mundial de busca por alimentos mais naturais, funcionais e conectados à origem, reforçando o papel do Brasil como produtor estratégico nesse segmento.
Ao incluir castanhas e nozes nacionais na ceia de Natal, o consumidor faz uma escolha que vai além do sabor. Trata-se de um ato que valoriza a biodiversidade brasileira, fortalece economias regionais, incentiva práticas produtivas mais sustentáveis e gera impacto positivo em diferentes territórios do país. Mais do que ingredientes, esses produtos carregam histórias, cultura e trabalho, transformando cada prato em uma conexão direta entre o campo e a mesa, e tornando a celebração natalina ainda mais significativa, consciente e alinhada à identidade brasileira.
