A produção brasileira de grãos do período 2011/12 atingiu 157,8 milhões de toneladas, no sexto levantamento realizado pela Conab, com uma redução 5,026 milhões de toneladas (3,1% ) em relação à safra anterior, que somou 162,837 milhões de toneladas. Entretanto, se comparado ao levantamento anterior houve acréscimo de 0,5%, equivalentes a 744,2 mil toneladas a mais. Crescimento ocasionado pela recuperação de parte da lavoura de milho primeira safra e do crescimento do milho segunda safra.
Milho e soja lideram
O milho e a soja são as culturas de maior peso na produção, representando 83% de toda a safra, com volume de 130,451 milhões de toneladas. A produção de milho deve crescer 7,5% considerando a safra total, estimada em 61,703 milhões de toneladas. No caso do milho segunda safra, a estimativa é de que sejam colhidas 25,804 milhões de toneladas, 20,1% a mais que o volume colhido no período passado, quando foram produzidas 21,481 milhões de toneladas.
A produtividade estimada deve chegar a 3,838 quilos por hectare, 5,2% acima dos 3,647 kg/ha obtidos na safra anterior. Já o volume de soja deverá somar 68,749 milhões de toneladas, com queda de 8,7%.
Área plantada
O cultivo da safra 2011/12 deve ocupar uma área em torno de 51,682 milhões de hectares, com crescimento de 3,6 sobre os 49,888 milhões de hectares do último período, correspondendo a um aumento de 1,794 milhão de hectares. A ampliação se deve à expansão das lavouras de milho primeira safra (9,2%), ao segunda safra (14,1%) e à soja (3,3%).
A área plantada com arroz, no entanto, deverá ser 10,8% menor, com redução de 305,2 mil hectares em relação ao cultivo anterior, que somou 2,820 milhões de hectares. A maior retração da área cultivada foi verificada no Rio Grande do Sul, que deixou de plantar 118,6 mil hectares.
Feijão em queda
Outra queda foi na produção de feijão primeira safra, com redução de 147,9 mil hectares em relação à safra anterior, de 1,420 milhão de hectares. Maior produtor nacional, o Paraná reduziu sua área plantada em 95,2 mil ha em relação à safra anterior, quando foram semeados 344,1 mil hectares. Até mesmo o feijão segunda safra, semeado no final de janeiro, ocupará uma área 2,8% menor que a anterior, de 1,824 mil ha.
O levantamento considerou o oeste da Bahia, o sul do Maranhão e o sul do Piauí na região Nordeste e os estados de Tocantins e Rondônia na região Norte. As demais regiões mantiveram as áreas da safra anterior, devido ao plantio ser feito somente após o início das chuvas. A pesquisa foi realizada por cerca de 60 técnicos depois de ouvidos representantes de órgãos públicos e privados ligados à produção agrícola em todos os estados produtores.