Os 24 lotes vencedores do 13º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil “Cup of Excellence Early Harvest” – edição 2012, leiloados em janeiro passado, via internet, pela Associação Brasileira de Cafés Especiais, em parceria com Apex-Brasil e com a Alliance for Coffee Excellence (ACE), gerou uma receita total na ordem de US$ 395.096,52, uma média de US$ 5,54 por libra peso, o equivalente a US$ 732,83 por saca de 60 kg. Todos os cafés foram negociados e o preço médio alcançado representou alta de 270% sobre o fechamento da Bolsa de Nova York no mesmo dia.
O maior lance registrado foi de US$ 12,10 por libra peso, pagos à Fazenda do Moinho, em Olímpio Noronha (MG), pelo consórcio formado pelas empresas japonesas Maruyama Coffee, Saza Coffee, Uchida Coffee e Coffee-a-gogo, além da empresa Orsir Coffee, de Taiwan. O lote rendeu um total de US$ 27.209,45 ao produtor Vinícius José Carneiro Pereira, vencedor do concurso destinado exclusivamente aos cafés brasileiros produzidos por via úmida (cerejas descascados ou despolpados) na safra 2012.
Ampliando mercado
O trabalho de promoção dos cafés especiais brasileiros, realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais e seus parceiros, colheu frutos ao conquistar, pela primeira vez, uma empresa francesa – a importadora Belco –, que adquiriu lotes vencedores. Segundo Vanusia Nogueira, diretora-executiva da associação, o café especial brasileiro, além de ampliar seus horizontes em mercados emergentes como China e Taiwan, consolida sua presença também em mercados tradicionais como o francês. “Isso é fruto do excelente trabalho de promoção e divulgação da qualidade excepcional dos Cafés do Brasil mundo afora”, comenta.
Produtores de Minas vencem concurso nacional de qualidade
Produtores de Minas Gerais conquistaram o primeiro lugar e as três categorias (Cereja Descascado, Natural e Microlote) do 9º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café. O cafeicultor José Alexandre de Lacerda, da Fazenda Forquilha do Rio, situada em Espera Feliz, foi o vencedor do concurso, com seu café recebeu a nota de 84,63 pontos de qualidade global na xícara. Além de campeão do certame, esse café também conquistou o 1º lugar na categoria Microlote (duas sacas), na qual concorrem apenas pequenos produtores, com propriedades de no máximo 15 hectares.
Na categoria Cereja Descascado, o café vencedor foi o do produtor José Roberto Canato, da Fazenda Monte Verde, de Carmo de Minas, que recebeu a nota 82,15. E na categoria Natural, a maior nota foi dada ao café produzido por Amélia F. Delarisse na Fazenda Apucarana, situada em Patrocínio: 81,75 pontos.
A avaliação sensorial foi feita no laboratório do Sindicafé-São Paulo, por um júri integrado por provadores e árbitros da mais alta qualificação, coordenado por Ensei Neto, da Specialty Coffee Bureau. Todos os procedimentos seguiram a metodologia do PQC–Programa de Qualidade do Café, da ABIC, para grãos torrados, combinada com a metodologia da SCAA–Specialty Coffee Association of America, para grãos verdes.
A avaliação das amostras foi feita “às cegas”, sem identificação da origem. Os juízes avaliaram a qualidade global do café na xícara, pontuando notas de 0 a 100 para propriedades como: aroma, sabor, corpo e retrogosto.