A criação de mais um centro de pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, foi recém autorizada, pela então ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu.
A nova unidade, localizada no Estado de Alagoas, será focada principalmente no desenvolvimento de soluções tecnológicas voltadas para alimentos funcionais, aromas e sabores.
O novo centro de pesquisas da Embrapa estará voltado para abertura de oportunidades de negócio no exterior, ao atuar em um tema com grande potencial, não apenas no Brasil, mas de interesse crescente no mundo, segundo explicou a ex-ministra. “Juntos, os mercados conquistados pelo Brasil no ano passado têm capacidade para incrementar em US$ 1,9 bilhão as exportações do agronegócio. Atualmente, o Brasil é responsável por 7,04% do comércio agropecuário mundial. “Chegaremos a 10% até 2018”, assinalou Kátia Abreu.
Futuro
O presidente da Embrapa, Maurício Lopes que participou do anúncio, contou que a nova Unidade, hoje em processo de formatação, vai explorar o grande capital natural do País, a partir da geração de novos produtos e sabores, com foco em alimentos funcionais, que contribuam com alimentação saudável e prevenção de doenças. Seguindo a tendência do mercado nacional para ampliar negócios e exportação, a intenção é utilizar a biodiversidade brasileira para investir na especialização e agregação de valor aos nossos produtos.
“Além de alimentos funcionais, o Brasil tem um imenso espaço para integração da agricultura, com a gastronomia e o turismo. O desenvolvimento de novos aromas e sabores da cultura local pode levar a novas cadeias de valor e oportunidades inéditas para as regiões brasileiras, ricas em diversidade biológica e cultural”, explicou Lopes.
“Os setores turístico e gastronômico são importantes no Nordeste e deverão assumir ainda maior importância no futuro”, explica. Ele destaca ainda que “a agricultura focada nos produtos, na culinária e nos hábitos regionais deu origem a uma indústria pujante em regiões do interior da França e da Itália, como a Toscana e Champagne.
Imagine o que se pode fazer no Nordeste, com a imensa diversidade de sabores, temperos e experiências gastronômicas existentes ali”, enfatizou o presidente da Embrapa.