Quando se fala em pecuária no Brasil, logo as pessoas remetem à criação de gado de corte e de leite, mas esse importante setor do agronegócio também envolve outros tipos de animais, como os equinos (do género Equus), que incluem cavalo, burro e zebra.
Criar um potro – cavalo macho com menos de um ano de idade – é uma atividade difícil que exige muita atenção e cuidados redobrados por parte do criador, segundo orientação da médica veterinária Luzilene Araújo de Souza, técnica de Equinos na empresa Guabi Nutrição e Saúde Animal.
“Nas horas iniciais do nascimento é extremamente importante garantir que o potro faça a ingestão do colostro adequadamente, a fim de obter imunidade. Nas primeiras 18 horas, o intestino tem mais permeabilidade, favorecendo um nível maior de absorção dos anticorpos”, explica a especialista.
De acordo com ela, estudos apontam que há em torno de 8% a 10% de perdas de potros lactentes neste período, por falta de manejo adequado, descuidos com higiene e erros alimentares. “O fator que mais evidencia essa porcentagem é a ingestão inadequada de alguns nutrientes.”
Segundo Luzilene, uma das principais afecções que acomete esse grupo de animais é a diarreia, caracterizada pela alta frequência na defecação e por baixa quantidade de matéria seca nas fezes.
“Quando esses potros lactentes apresentam este quadro, suas vilosidades intestinais ficam comprometidas, influenciando negativamente na eficiência da absorção dos alimentos.”
Dicas da especialista
Para evitar essa disfunção, é importante que o criador faça com que o animal recém-nascido:
* Ingira colostro nas primeiras 18 horas;
* Tenha desinfecção do coto umbilical;
* Observe a defecação, de duas a três horas após o parto, para eliminação do mecônio;
* Desmame gradativo;
* Tenha instalações adequadas;
* Programa de vermifugação, a partir do primeiro mês de vida; e vacinação (a partir do quarto mês de vida) adequados;
* Alimentação que atenda as exigências nutricionais.
Programa nutricional
Conforme a médica veterinária, o programa nutricional deve ser composto por alimentos balanceados, seguindo as exigências de cada fase do potro. A dieta deve conter, em sua formulação, aditivos como pró e prebióticos que irão auxiliar no equilíbrio da microbiota intestinal.
Esses aditivos propiciam “melhor digestibilidade e aumento na disponibilidade dos nutrientes, redução de microrganismos patógenos, menor ocorrência de resistência bacteriana e consequentemente uma melhor resposta imune”.
Outro importante aditivo, continua Luzilene, “é o Ômega 3-DHA, que possui ação anti-inflamatória, auxilia nas defesas do organismo, no desenvolvimento neonatal e no comportamento do potro (tempo de lactação e aprendizado)”.
Para mais informações, acesse www.guabi.com.br.