Consumo de peixes aumenta na Semana Santa e consumidor deve estar atento à qualidade do produto
Parte da população costuma trocar o consumo de carne vermelha pelos pescados na Semana Santa. Por causa da grande procura pelo produto, os consumidores devem fazer uma pesquisa em mais de um ponto de venda, pois costumam ocorrer variações significativas nos preços.
Por se tratar de um produto bastante perecível, Samira Tanure, nutricionista do Plantão Técnico da Emater-MG, faz um alerta sobre a importância de haver muita atenção na hora de comprar peixes para levar para casa um produto de boa qualidade.
No caso dos peixes frescos, ela orienta que há algumas indicações de que o produto está próprio para o consumo.
“Os olhos devem estar claros, brilhantes e salientes; a superfície do corpo limpa, com brilho metálico característico; e escamas, nadadeiras e caudas, bem aderidas ao corpo. Além disso, as brânquias (ou guelras) precisam estar úmidas, com coloração avermelhada, mas sem sangramentos”, detalha a nutricionista.
No local de venda o pescado deve estar disposto sobre uma camada uniforme de gelo Foto Pixaby/Divulgação
Outro detalhe importante, de acordo com a especialista, é que, no local de venda, o pescado deve estar disposto sobre uma camada uniforme de gelo.
“O pescado fresco deve ser embalado em saco plástico bem fechado e guardado no refrigerador após a compra, preferencialmente em temperaturas próximas a 0°C. É recomendável consumi-lo em até dois dias”, aconselha.
Já no caso dos peixes embalados e congelados, Samira orienta que o primeiro cuidado é verificar se a embalagem tem o selo de inspeção federal ou estadual “A aparência do pescado deve ser a mesma do peixe fresco”, reforça.
No caso de Minas Gerais, o selo de inspeção estadual é do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
“Em Minas, nos municípios em que há produção de peixes em cativeiro, é permitida também a venda com inspeção municipal”, salienta a especialista.
Prato famoso
Pesquisas mostram que durante a Páscoa, o peixe mais consumido é o bbacalhau e a técnica da Emater-MG, explica que a diferença entre peixe e bacalhau é que, enquanto o peixe é o animal em seu estado natural, seja ele fresco ou congelado, o bacalhau é o resultado de um processo de transformação do peixe.
“ O peixe fresco passa pelo processo de dessalga para ser conservado por mais tempo. Com isso, podemos dizer que todo bacalhau é peixe, mas nem todo peixe é bacalhau. O bacalhau é um peixe magro e desidratado, com propriedades nutricionais semelhantes às do peixe fresco”, esclarece a nutricionista.
O bacalhau é muito utilizado em receitas portuguesas Foto Cristina Baran
Samira completa que o bacalhau também requer alguns cuidados na compra.
“Os consumidores devem dar preferência à peça inteira, sem estar desmanchado. O sal espalhado na superfície deve ter aparência homogênea. O ideal é um corpo firme e resistente e nunca com aparência úmida ou melada”, sublinha.
Ela avisa que manchas avermelhadas ou esbranquiçadas, como uma fina camada de pó sobre a superfície, indicam problemas na conservação do bacalhau.
A especialista também tem algumas recomendações para manter a qualidade dos peixes durante o preparo do alimento, impedindo contaminações. Ela destaca que o descongelamento deve ser feito de um dia para o outro, nas prateleiras inferiores da geladeira.
“Não é recomendável deixar o produto por muito tempo em temperatura ambiente, e nem mantê-lo imerso em água”, ensina.
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