Além de ter o uso consolidado na alimentação humana e animal, o grão tem cerca de 150 aplicações em setores diferenciados
Em 24 de maio, o Brasil comemorou o “Dia Nacional do Milho”, data criada pela Lei nº 13.101, de 27 de janeiro de 2015, com o objetivo de fomentar a produção do cereal que está presente no dia a dia dos brasileiros. Alimento versátil, o grão faz parte da cultura e da culinária, com tradição nas festas juninas e no cotidiano dos lares, além de se destacar como importante nutriente na produção de ração para bovinos de corte e de leite.
Mas o seu uso vai além dos snacs, do milho-verde, milho-doce, milho-pipoca, grãos secos para alimentos e bebidas, como a cerveja. O cereal também se destaca nas indústrias de papel, têxteis, medicamentos, tintas, couros, resinas, mineração, de etanol. Uma lista com mais de 150 aplicações em setores diferenciados.
Na safra 2022/2023, o Brasil deverá colher 125,5 milhões de toneladas de milho, um aumento de 11% em relação à temporada anterior, segundo o 8ºlevantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado em 11 de maio. Uma evolução constante, ano a ano.
Papel da pesquisa
Esse crescimento constante gera uma demanda por sementes com alto potencial produtivo e maior resistência a pragas e doenças. Nesse sentido, as empresas têm realizado altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de híbridos que atendam aos requisitos da agricultura sustentável, de menor impacto ao meio ambiente.
Para oferecer produtos adequados às realidades de cada produtor, a Syngenta, por exemplo, conta com seis centros de pesquisa e desenvolvimento no Brasil, além de cerca de 1,3 mil hectares (próprios e em parceria com agricultores externos), onde são testados de híbridos e linhagens de milho.
As estações de pesquisa estão localizadas nas principais regiões produtoras do Brasil, Nos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Tocantins. “Desenvolver nossas sementes de acordo com as necessidades de cada produtor nos mostra que estamos olhando para os mesmos desafios e buscando soluções relevantes para o mercado”, afirma Fabrizio Giolo, diretor de Desenvolvimento de Produto da empresa no Brasil e Paraguai.
Conforme explica Giolo, produtividade, precocidade, tolerância ao complexo de enfezamentos, ao estresse hídrico e estabilidade produtiva são atributos que são observados para o desenvolvimento de híbridos em qualquer região produtora de milho, com maior ou menor relevância em função do ambiente produtor e a safra. “Fatores como esses reforçam a importância da pesquisa e dos investimentos que fazemos para o desenvolvimento de híbridos de milho em todo o Brasil,” diz ele.