Na hora de comprar produtos lácteos, fique atento a recomendações importantes
O corpo humano é movido a nutrientes, como carboidratos, proteínas, gorduras, fibras, vitaminas, minerais e compostos bioativos, que são encontrados nos alimentos naturais. Para ser considerado um produto de qualidade, os laticínios devem priorizar ingredientes de origem natural em sua composição, inclusive adoçantes e corantes.
E qual a importância disso? Segundo a nutricionista e especialista em Nutrição Funcional, Liz Galvão, ao consumirmos uma quantidade considerável de produtos industrializados, principalmente os ultraprocessados, ricos em aditivos químicos e artificiais, nosso corpo fica facilmente suscetível a inflamações, dores, alergias, problemas gastrointestinais e diversas doenças crônicas. “Portanto, atentar-se aos ingredientes é de suma importância, sobretudo quando se fala em lácteos”, alerta.
Ela esclarece que queijos, pastas tipo cottage, requeijão, iogurtes são compostos por leite pasteurizado e fermento lácteo, elementos fundamentais para a elaboração desses produtos, em que o processo de fermentação potencializa os efeitos funcionais e probióticos, quando comparado ao alimento base, que é o leite.
Outro composto é a enzima lactase inserida nos produtos zero lactose, e que facilitou muito a vida dos intolerantes. “Isso possibilitou o consumo dos lácteos para essa parcela da população de uma forma prática e segura, sem renunciar à qualidade e do sabor”, aponta.
Ainda sobre a questão dos lácteos, ela observa que, ao considerar itens em sua composição como adoçantes, corantes e aromas, o ideal é que eles sejam de origem natural, sem aditivos químicos e artificiais e açúcares ocultos. “Afinal, trata-se de um diferencial frente aos que utilizam apenas aditivos químicos artificiais para dar sabor e demais características aos produtos”, destaca.
Dicas
Para escolher um bom produto lácteo, a nutricionista cita sete dicas que merecem atenção. A primeira delas é ler a lista de ingredientes. “Observar a quantidade dos nutrientes é importante, mas ler a lista de ingredientes da fórmula é ainda mais. Muitas vezes, um item é vendido como saudável, ‘fit’ ou natural, mas na verdade não é. Leia o rótulo todo para saber o que você vai consumir”, orienta.
Outra dica da nutricionista é quanto os cuidados com ingredientes desconhecidos. De forma geral, segundo ela, quanto menos ingredientes o produto tiver, melhor. “O ideal é fugir de listas muito grandes, com ingredientes desconhecidos e siglas”, alerta.
Atenção para a ordem dos itens é outra recomendação. “A composição está sempre listada em ordem decrescente, ou seja, o primeiro ingrediente da lista é sempre o que tem maior quantidade no produto, e consequentemente, o último ingrediente é o que tem menor quantidade”, ensina Liz.
Ela sugere também comparar a lista de ingredientes de produtos similares para fazer melhores escolhas. “Há iogurtes com composições bem melhores que só contêm leite pasteurizado, fermento lácteo, aromas e adoçantes naturais, ao passo que há outros com maior quantidade de amido modificado, açúcar, corantes artificiais e afins”, exemplifica.
Uma coisa muito importante apontada pela especialista é para ficar atento ao rótulo. “Normalmente, o rótulo do produto exalta o que não tem, no intuito de omitir o que tem.”
O açúcar e seus diversos nomes é outra coisa que a nutricionista sugere atenção, pois muitos rótulos mascaram que contêm açúcar na composição, trocando o nome por outros menos conhecidos, como os xaropes em geral, glicose, glucose, sacarose, maltose, dextrose, açúcar invertido, açúcar modificado, dextrina, frutose (artificial), maltodextrina, entre outros.
Evitar gordura vegetal, gordura trans/hidrogenada, óleos refinados e hidrogenados, glutamato monossódico, aromatizantes e corantes artificiais, trigo enriquecido, benzoato de potássio ou de sódio, acesulfame-K, aspartame, ciclamato monossódico, sorbato de potássio, cloreto de sódio, BHT e BHA, nitrato e nitrito de sódio também está entre os cuidados ao adquirir produtos lácteos.
“O rótulo contém todas as informações nutricionais, além da composição do produto. Sabendo interpretá-lo, você terá mais autonomia para fazer escolhas melhores para a sua alimentação”, arremata Liz.