Durante encontro, na sede da entidade, ministro do Meio Ambiente destacou o Programa Floresta+ Agro e antecipou sobre o novo programa para transformar o metano em biocombustível
Os segmentos do algodão, do café e de frutas já estão aderindo ao Programa Floresta+ Agro, que possibilitará realizar o cadastro na plataforma digital das empresas, fornecedores e propriedades rurais que tenham atividade de proteção e conservação de recursos naturais, vistoria das propriedades e o parecer técnico que as habilitem a participar do programa.
A informação foi dada pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, em reunião realizada na última semana, na Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), para tratar de assuntos relacionados à sustentabilidade ambiental e o agronegócio.
“Como resultado, o produtor receberá o Selo Floresta+, que certifica a propriedade e reconhece as ações de proteção ambiental”, disse o ministro, acrescentando que a plataforma foi desenvolvida para o uso da iniciativa privada.
O ministro do Meio Ambiente lembrou que Programa Floresta+ Agro tem foco exclusivo em Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal. “O objetivo é incentivar as cadeias produtivas do agro na realização do pagamento por Serviços Ambientais, ao promover atividades de melhoria, recuperação, monitoramento e conservação da vegetação nativa em todos os biomas”, destacou.
Para ele, o programa pode beneficiar o produtor rural de múltiplas formas, como na negociação de financiamento e seguro, na aquisição de máquinas e insumos, nos prazos de pagamento diferenciados, entre outros.
Por sua vez, Luiz Carlos Corrêa Carvalho (Caio Carvalho), presidente da Abag, afirmou que esse programa “é a resposta que o Brasil dará aos compradores internacionais nas questões ligadas à proteção ambiental e dos biomas, uma vez que possibilitará certificar a origem sustentável dos produtos agropecuários”.
Mercado Global de Carbono
Durante a reunião, o ministro do Meio Ambiente mencionou o evento Mercado Global de Carbono, que será realizado no Rio de Janeiro, no período de 18 a 20 de maio. Segundo informou, a iniciativa reunirá líderes globais, CEOs de empresas para mostrar as políticas de neutralidade e as tecnologias desenvolvidas para diminuir os impactos das emissões de carbono.
“Essa será uma chance de conhecer, 30 anos após a Conferência Rio 92, o que o setor privado está fazendo para mudar a economia e tratar da questão climática”, argumentou.
O ministro Leite também comentou sobre o novo programa para transformar metano em biocombustível, com lançamento está previsto para este mês. “Essa iniciativa faz parte do compromisso do Ministério do Meio Ambiente para trazer o crescimento verde, levando a proteção ambiental de forma racional e trabalhando todas as rotas para chegar a essa finalidade”, arrematou.