Soluções à base de micronutrientes, como cobre e zinco, são essenciais para o desenvolvimento da planta e ajudam fruticultores a alcançarem bons resultados de coloração e sabor, fatores exigidos pelos países que importam frutas brasileiras
O Brasil tem aumentado a sua participação no mercado externo com a produção de frutas. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume de embarcações do produto cresceu 21% nos primeiros quatro meses do ano, quando comparado com o mesmo período em 2020.
Para alcançar os índices de qualidade exigidos por outros países, torna-se essencial que produtores façam o manejo nutricional adequado no campo.
O engenheiro agrônomo Marcos Revoredo, gerente técnico especializado em hortifrúti da Alltech Crop Science, explica que o manejo nutricional com soluções à base de micronutrientes como cobre e zinco são essenciais para o desenvolvimento da planta. Esses elementos auxiliam os produtores de frutas a alcançarem bons resultados de coloração e sabor, fatores bastante exigidos pelos países que importam frutas brasileiras.
“Esses micronutrientes participam de várias funções fisiológicas da planta, desde o processo fotossintético, responsável pela geração de energia, como também na respiração, momento de divisão e expansão celular. É importante ainda que essas soluções sejam complexadas, para que a absorção foliar seja eficiente e a planta consiga metabolizá-las, atingindo assim, o seu máximo do potencial produtivo”, relata Revoredo.
Em Petrolina (PE), o gerente de produção de uva do Grupo Argofruta, Rodrigo Pamponet, observa na prática os benefícios de um bom manejo nutricional, e mantém uma média de produtividade de 55 toneladas/ha ao ano de uva. Atualmente, 73% das frutas produzidas pela empresa são exportadas, em sua maioria para a Europa e para o mercado americano.
“Quando você foca em exportação, o manejo tem que estar sempre em dia. Com o uso de ferramentas que reforçam a defesa natural da planta é perceptível uma folha mais verde, boa brotação e qualidade de cachos. Mesmo em uma região com temperatura mais alta, como em Petrolina, você percebe que durante o dia ela tem uma taxa fotossintética excelente”, declara o profissional.
Exigências do mercado
Pamponet relata que para exportar, o mercado externo exige no mínimo 16 ºbrix, que é o índice que aponta o teor de açúcar da fruta. Além disso, outro fator importante é o tamanho da baga, que deve ser acima de 17mm.
“Eles requerem muito também em relação à coloração, quando a uva é da vermelha, por exemplo, que seja intenso e de forma linear, o mesmo serve para outros tipos como a uva branca e a negra”, conta o profissional.
Para auxiliar na obtenção dos índices exigidos pelo mercado externo, o engenheiro agrônomo Marcos Revoredo indica algumas soluções. Ele destaca a necessidade de utilizar compostos ricos em aminoácidos, polissacarídeos, além de nutrientes como cobre, enxofre e zinco, o qual proporciona plantas mais fortes e naturalmente resistentes aos estresses.
Outra solução seria um composto com cobre de complexo orgânico em sua composição, que permite um maior aproveitamento do elemento pelas plantas, e assim um melhor desempenho às plantas.