Novos grãos são obtidos a partir do cruzamento de plantas do tipo canéfora, do grupo Robusta, com as do grupo Conilon
Doze anos de muitas pesquisas na cafeicultura podem resultar em grãos de melhor qualidade, para o Norte do País. é o que esperam os cientistas da Embrapa Rondônia, a partir do cultivo de cafés clonais híbridos para a região amazônica. Eles são resultantes do cruzamento de plantas do tipo canéfora, do grupo Robusta, com as do grupo Conilon.
Agora, o objetivo é selecionar clones altamente produtivos que irão compor a safra de café, em meados de 2018. Dois mil e dezesseis foi o segundo ano de colheita das áreas em testes finais com estes híbridos, sendo que alguns clones estão produzindo mais de cem sacas por hectare.
“A expectativa é que essa produtividade seja mantida ou incrementada na próxima safra”, comenta o pesquisador da Embrapa Marcelo Curitiba, um dos responsáveis pelas áreas em avaliação.
Demanda crescente
Com a demanda crescente por cultivares clonais, o propósito dos pesquisadores é alavancar a produtividade média de café de Rondônia e região que, hoje, registram 19 sacas por hectare, no Estado.
“Com o lançamento de novas cultivares altamente produtivas, esperamos um incremento de 25% na produtividade média. Além disto, elas permitirão que cafeicultores mais tecnificados alcancem produtividades acima de cem sacas por hectare”, ressalta Alexsandro Teixeira, responsável pelas pesquisas da Embrapa Rondônia.
De acordo com a estatal, na atual fase das pesquisas estão sendo avaliados genótipos (clones) de cafeeiros para a composição de novas cultivares de café, altamente produtivas, resistentes à ferrugem -alaranjada (uma das principais doenças que atacam os cafeeiros), e adaptados às condições climáticas da região amazônica.
Fonte: Embrapa Rondônia