A dieta é caracterizada como a união entre a alimentação cetogênica e a dieta baseada em plantas – plant -based – , com o intuito de resgatar os vegetais, os legumes e as verduras que normalmente são menos consumidos
A Keto Plant, que se assemelha à dieta cetogênica, pela redução drástica de carboidratos da alimentação, é a nova tendência por apresentar ainda mais benefícios à saúde, excluindo completamente os derivados animais.
Nos últimos dois anos, a dieta cetogênica teve grande destaque na mídia, pelos resultados de redução da gordura corporal entre celebridades como Adele, o jogador de basquete LeBron James e a modelo brasileira Adriana Lima.
Os pratos da dieta também podem usar sementes, folhas, tofu, cogumelos com baixíssimos níveis de carboidrato, que estimulam o organismo a entrar em cetose, ou seja, a usar a gordura do próprio corpo como fonte de energia.
Embora ela tenha ficado conhecida recentemente por auxiliar na perda peso, a sua descoberta em 1920 tinha como objetivo o tratamento de quem tem epilepsia refratária (aqueles casos em que não há melhora das crises mesmo com uso de medicamento) e estudos recentes têm comprovado mesmo sua eficácia no controle das crises desses pacientes.
Benefícios
Segundo a Nutricionista Lulia Dib, ainda que a dieta cetogênica convencional apresente alguns benefícios neurológicos e auxilie a perda de peso, também é responsável por causar um “efeito rebote”, alterando níveis de colesterol e queda do sistema imunológico, pelo excesso de derivados animais.
Já a Keto Plant, apresenta os mesmos benefícios por estimular a cetose, que é um processo de produção de substâncias conhecidas como BHB, a partir da queima de gordura, que reduzem inflamações metabólicas, controlam os níveis de insulina e auxiliam no tratamento de doenças autoimunes.
“O grande diferencial de uma cetogênica 100% vegana, é o alto potencial antioxidante, que auxilia também no rejuvenescimento e reprogramação genética das células do corpo. Entretanto, essa estratégia deve ser por tempo limitado e em forma de ciclos, sempre acompanhado por um profissional”, explica Dib, nutricionista da marca Vida Veg.
A base dessa alimentação consiste em fontes de gorduras boas, com a restrição extrema de carboidratos e quantidades normais de proteína, todos de origem vegetal.
“Um dos alimentos “chave” utilizados na estratégia é o coco, uma das poucas opções de frutas permitidas durante o processo, graças à quantidade de gorduras boas em sua composição, e baixo teor de carboidratos. Além disso, ele tem muitos outros benefícios nutricionais a oferecer, como as vitaminas (A, B e C), os minerais (sódio, potássio, cálcio, manganês, magnésio, fósforo, cobre e ferro), aumenta os níveis do “bom colesterol” (HDL) e reduz o “mau colesterol” (LDL), auxiliando na prevenção de doenças cardiovasculares”, conclui.
“Estudos na ciência apontam os resultados de uma alimentação plant-based com baixo teor de carboidratos no controle de peso e na modulação do perfil de colesterol e triglicérides. Tal fator se dá por conta da redução da oferta de glicose e ativação da insulina, que é responsável por aumentar a síntese de lipídeos endógenos”, afirma outra nutriconista, Rita Castro.