Elas se parecem muito com mato, mas na verdade são alimentos que podem ser servidos à mesa. Com nome autoexplicativo, tratam-se das PANC – Plantas Alimentícias Não Convencionais. Alimentícias –, que possuem alto teor nutricional para a dieta humana e não convencionais, considerando que muitas pessoas ainda as confundem com ervas daninhas
Azedinha, bertalha, cará-moela, capuchinha, mangarito, vinagreira, araruta, ora-pro-nóbis, peixinho, taioba, entre outras. Se nunca ouviu falar em nenhum desses nomes, os chefs de cozinha mais antenados da “nova gastronomia” já descobriram seus benefícios.
Elas são as plantas alimentícias não convencionais – ou simplesmente PANC –, que vêm ganhando espaço no mercado, especialmente diante da demanda por uma alimentação mais natural e saudável, sem deixar o sabor de lado.
As PANC abrangem desde plantas nativas e pouco usuais até exóticas e silvestres, com uso alimentício direto (na forma de legumes, frutos, verduras, flores, castanhas, sementes, raízes etc) e indireto (amidos, féculas, farinhas ou óleos).
Sabor e altos valores nutricionais e medicinais são algumas de suas vantagens, fora que as plantas alimentícias não convencionais são espécies rústicas e adaptáveis, tanto no campo quanto nas cidades, por exigirem poucos insumos agrícolas e serem boas opções de cultivo, especialmente para agricultores familiares no meio rural e até mesmo em áreas urbanas.
Muitas delas, antigamente, eram vistas como pragas e até mato, mas isso vem mudando graças aos recentes estudos científicos que vêm atestando seus benefícios para a saúde do corpo humano e aos precursores em pesquisas com esse tipo de alimento, como é o caso do biólogo Valdely Kinupp, criador do termo “PANC” no País.
Velhas conhecidas
Se para a maioria dos consumidores as PANC ainda são desconhecidas, para os antigos agricultores familiares o cenário é outro. É o que afirma a agrônoma Mariella Camardelli Uzêda, pesquisadora da Unidade de Agrobiologia (RJ) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
“Essas plantas rústicas e ruderais, que estão hoje no auge da mídia, além de terem potencial alimentício, possuem também um grande valor nutricional e medicinal, sendo que muitas delas fizeram e fazem parte da alimentação e da saúde de agricultores e agricultoras familiares de várias regiões do Brasil”, destaca Mariella.
Para a pesquisadora, como as PANC ainda são desconhecidas da maioria das pessoas que vive nos centros urbanos, é importante conhecê-las, antes de consumi-las, considerando que elas nascem com mais vigor em quintais, hortas e até mesmo em terrenos baldios.
“Nem todas que são espontâneas podem ser alimentícias. Existem famílias de plantas que, apesar de serem comestíveis, apresentam toxidez, sendo possível comer somente cozidas ou refogadas, como é o caso da taioba (Xanthosoma sagittifolium).”
Precursor no Brasil
A sigla “PANC”, que se refere à planta alimentícia não convencional, foi criada no Brasil pelo biólogo e doutor em Agronomia Valdely Kinupp. Em parceria com o engenheiro agrônomo e fundador do Instituto Plantarum, Harri Lorenzi, ele escreveu o livro “Plantas Alimentícias Não
Convencionais (Panc) no Brasil”.
Publicada pelo mesmo Instituto, localizado no município de Nova Odessa (SP), a obra é fruto de uma pesquisa dos especialistas, que durou 12 anos e rendeu um catálogo com 351 espécies.
Segurança alimentar
Mariella explica que “a diversidade agrícola tradicional e a grande quantidade de espécies silvestres comestíveis representam as inúmeras possibilidades existentes de alimentar de forma autônoma e adequadamente nutritiva”.
“As comunidades, que fazem uso da agricultura de subsistência, geralmente cultivam uma grande quantidade de variedades de plantas alimentares. Porém, de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, atualmente, a população alimenta-se mal, tanto em quantidade quanto em qualidade”, alerta.
Segundo a agrônoma, “isso é percebido quando olhamos para as prateleiras dos supermercados”. “A globalização homogeneizou a alimentação brasileira, ocasionando perdas da diversidade de alimentos locais e regionais.”
De acordo com a Lei n º 11.346 de 15 de setembro de 2006, que criou o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), menciona Mariella, “a segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis”.
“É notável a importância do reconhecimento das plantas espontâneas alimentícias e a promoção do cultivo e consumo, assim como sua valorização no mercado, para a garantia da segurança e soberania alimentar da população.”
Rústicas e de fácil manutenção
Doutor em Agronomia na área de Fitotecnia e Olericultura e pesquisador da Unidade Hortaliças (DF) da Embrapa, o agrônomo Nuno Rodrigo Madeira reforça que, apesar de pouco difundidas, as PANC são alternativas de alimentação e melhoria de renda para os agricultores familiares.
“Elas também podem ser cultivadas em quintais, praças e jardins urbanos, agregando valor alimentar às refeições e até mesmo dando um toque exótico a alguns pratos”, diz.
Essas hortaliças, frutas e flores têm como principais características a rusticidade, resistência a intempéries, além de longevidade e grande adaptabilidade a climas e regiões diversas. São, em geral, menos exigentes em fertilidade e irrigação, de fácil manutenção, podendo ser plantadas por meio de sementes ou mudas.
“Com possibilidades extremamente diversificadas de sabores e características nutricionais muito interessantes, as PANC contribuem para a melhoria da dieta local nas comunidades envolvidas, e são um verdadeiro resgate cultural”, diz Madeira.
Ele ainda esclarece que, “dentro da definição do nome, essas plantas se distinguem também por serem consideradas de consumo localizado, regional e/ou sazonal, com distribuição limitada e sem cadeia produtiva estabelecida”.
Espécies
Segundo o pesquisador da Embrapa, o termo “PANC” é muito abrangente e engloba, pelo menos, dez mil espécies de plantas alimentícias não convencionais. “Umas 150, que já possuem uso generalizado, são encontradas nos mercados e feiras livres mais frequentemente”, relata.
Madeira ressalta também que partes consideradas não convencionais de espécies comuns também são categorizadas como PANC, a exemplo da banana, pelo uso do umbigo (flor da bananeira, também conhecido como “o coração” da fruta, por causa de seu formato); do mamão, pela utilização da medula do caule; da abóbora e da abobrinha, pelo uso da flor e partes terminais das hastes (cambuquira); e da batata doce, pela utilização das folhas.
“Na verdade, boa parte delas já foi bastante utilizada no passado, mas caiu em desuso pelo avanço de outras espécies com cadeias produtivas estabelecidas. A maioria delas é uma fruta, hortaliça, flor ou raiz”, diz o pesquisador.
Associações à mesa
O especialista relata que “as frutas costumam trazer consigo uma valorização por serem, em geral, associadas às sobremesas ou àquela coleta saborosa no mato, nos tempos de infância”.
“Já as hortaliças, de modo mais abrangente, não possuem a mesma valorização, caindo mais no esquecimento pelo desuso”, compara.
As flores comestíveis eram inseridas desde os primórdios na gastronomia oriental e agora começam a ganhar bastante espaço na culinária de vários países, valorizando a qualidade e embelezando a apresentação dos pratos.
“É por isso que nós, na Embrapa Hortaliças, estamos trabalhando com um grupo de Hortaliças PANC – as quais também chamamos de hortaliças tradicionais –, mantendo uma coleção de germoplasma e fomentando seu cultivo e consumo, estabelecendo bancos comunitários em parceria com órgãos de extensão rural e organizações de agricultores, além da realização de ações de difusão por meio de palestras, minicursos, eventos, entre outras”, informa Madeira.
Plantio em qualquer lugar
O agrônomo afirma que as plantas alimentícias não convencionais podem ser cultivadas em qualquer lugar, desde pequenas áreas como vasos residenciais, a um jardim urbano e hortas comerciais.
Se o objetivo for o autoconsumo, essas espécies podem ser plantadas no quintal de casa, em uma horta caseira, ou no jardim de praças públicas, sob o conceito de paisagismo produtivo. Em hortas dentro das escolas, podem fornecer alimentos frescos e saudáveis na merenda escolar de crianças e jovens.
“Muitas plantas ornamentais são alimentícias e muitas PANC são ornamentais, a exemplo do peixinho (Stachys byzantina), da capuchinha (Tropaeolum majus), do malvavisco (Malvaviscus arboreus), do hibisco kenaf, além de plantas que servem como cercas vivas perfeitas, como o ora-pronóbis (Pereskia acuelata, P.grandifolia), a bertalha-coração (Anredera cordifolia) e o minipepino.”
Valor nutricional
Mestre em Agronomia e doutora em Ciências dos Alimentos, a também pesquisadora da Embrapa Hortaliças Neide Botrel destaca outras vantagens das PANC, especialmente do ponto de vista nutricional.
“Levando em conta os aspectos nutricionais, várias plantas comestíveis não convencionais merecem destaque, sendo uma grande vantagem, por sua rusticidade, o fato de elas serem produzidas naturalmente, muitas delas quase que espontaneamente e, por consequência, sem a utilização de agrotóxicos.”
Neide cita bons exemplos como a ora-pro-nóbis (Pereskia acuelata, P.grandifolia), a moringa e o caruru (Amaranthus spp), por causa de seus elevados teores de proteína e minerais.
“Destaca-se também o peixinho, por conter teor de fibra alimentar”, informa a engenheira agrônoma.
Ela ainda relata que algumas PANC carregam valores expressivos de minerais, como o potássio encontrado nas plantas major-gomes (Talinum paniculatum), beldroega (Portulaca oleraceae) e caruru (Amaranthus spp); e fósforo, na folha de capuchinha (Tropaeolum majus), e também na major-gomes e caruru.
Ainda destaca as taxas de cálcio encontradas na bertalha (Anredera cordifolia), folha de capuchinha, caruru, jambu (Acmella olaraceae), ora-pro-nóbis, serralha (Sonchus oleraceus), taioba (Xanthosoma taioba) e vinagreira (Hibiscus sabdariffa, H. acetosella).
“O caruru e o jambu apresentam teores expressivos de ferro. Em outras espécies, nós podemos citar a presença de compostos antioxidantes, como vitamina C, fenólicos e os carotenoides”, relata a doutora em Ciência dos Alimentos.
Segundo Neide, a flor da capuchinha, por exemplo, é bastante rica em carotenoides, em especial a luteína – nutriente de grande importância para a saúde da visão humana.
“A fisális, frutinha rústica redonda e amarela, que caiu no gosto das confeitarias por sua aparência e sabor ácido e levemente adocicado, possui um relevante teor de vitaminas A e C”, informa.
Popularidade
O pesquisador Nuno Madeira comenta que certas plantas alimentícias não convencionais são bem conhecidas, outras ainda não.
“Algumas PANC já foram muito populares em algumas regiões, como a araruta, o caruru e a serralha. Outras ainda são encontradas em localidades específicas, como a vinagreira ou cuxá, no Maranhão; o jambu, a chicória-do-Pará, na Amazônia; a bertalha e a taioba, no Sudeste do País; o pequi e a guariroba, no bioma Cerrado, entre outras”, enumera o agrônomo.
Em sua opinião, “visando ao aumento do uso das PANC, de olho em uma alimentação mais saudável, é interessante fortalecer ações de pesquisa e desenvolvimento, de promoção e de educação nas escolas” sobre o consumo delas.
Plantas inusitadas
De acordo com o agrônomo, certas espécies de PANC são, de fato, bastante inusitadas: “É comum passarmos pelas ruas e encontrarmos diversas delas, sem nos darmos conta de sua ocorrência espontânea, que pode nos presentear como alimento de altíssima qualidade”.
As flores de algumas espécies de Ipê, árvore ornamental que embeleza várias cidades brasileiras, por exemplo, são comestíveis e podem ser consumidas cruas ou cozidas.
Para o pesquisador da Embrapa Hortaliças, “possivelmente, as PANC mais negligenciadas são a beldroega e o caruru, que são riquíssimas nutricionalmente e cosmopolitas, graças à sua incrível dispersão. No entanto, elas ainda são consideradas como plantas daninhas, invasoras ou inços, sendo sempre capinadas nas lavouras e nas cidades e, portanto, desperdiçadas.”
Ele também menciona a existência de “outras surpresas inusitadas, como a maria-pretinha (Solanum americanum ou S.nigrum) ou erva-moura, arbusto que produz pequenos frutos negros de paladar único; o micropepino, que nasce de uma planta delicada e dá pequenos pepinos com cerca de um centímetro e surge nos gramados ou em terrenos baldios; além da peperômia ou erva-de-jabuti (Peperomia pellucida), que traz um sabor exótico e bem particular, além de ter propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e anbibióticas.“Enfim, as PANC estão por toda parte.”
Identificação e consumo
Para não correr o risco de confundir uma planta alimentícianão convencional com outras que podem ser tóxicas, podendo colocar a saúde humana em risco, o consumo de PANC requer cuidados, segundo o pesquisador Nuno Madeira.
Ele alerta que existem dois riscos em torno da utilização desse tipo de alimento natural: “O primeiro é o da identificação correta; e o segundo, o de contaminação por coleta em local inadequado”.
“O que nós recomendamos é incluir na horta e no jardim espécies de PANC, enriquecendo a dieta local. O indicado é obter sementes e mudas de agricultores experientes ou em bancos comunitários.”
Uma opção para os consumidores que não têm a oportunidade de cultivá-las, conforme explica o pesquisador da Embrapa Hortaliças, “é estimular formas de comercialização mais justas, a partir do contato direto com os produtores em feiras agroecológicas ou cestas oferecidas por CSAs (Comunidades que Sustentam a Agricultura – tradução livre para Community Supported Agriculture, em inglês).
“Também é importante saber qual é a parte comestível da planta, o ponto ideal de colheita e a forma de consumi-la – crua ou cozida”, orienta Madeira.
Especialistas alertam e vale a pena reforçar: antes de consumir qualquer PANC, é necessário sempre pesquisar, seja na internet ou em livros sobre o assunto, para aprender a identificar corretamente as plantas que podem ser ingeridas e, assim, evitar intoxicação ou outros problemas de saúde.
Perspectivas no mercado
Para a agrônoma e pesquisadora da Embrapa Agrobiologia Mariella Camardelli Uzêda, “os matos de comer, atualmente, têm conquistado consumidores que buscam uma alimentação orgânica, saudável e com potencial nutricional”.
Em sua opinião, é fato que a existência de uma abertura de mercado para essas plantas: “Os mercados locais, incluindo feiras livres e mercados municipais, são os principais meios de promoção das plantas espontâneas alimentícias, local onde é possível o consumidor estabelecer contato com o agricultor (muitas vezes, familiar) e valorização dessas espécies”.
Embora o número e o volume comercializado de PANC sejam ainda restritos, a especialista ressalta a importância de criar estratégias com os agricultores para conquistar o consumidor.
“Uma das formas é o resgate de receitas tradicionais, tornando-as públicas nesses espaços de comercialização. O beneficiamento dessas plantas, sob a forma de farinhas, geleias e antepastos, também garantem a entrada dessas plantas em outros nichos de mercado, como é o caso das lojas de produtos naturais e alimentos terapêuticos e nutricionais”, diz Mariella.
Segundo a pesquisadora, além disso, já é notável o interesse da alta gastronomia por essas plantas:“Chefs de cozinha renomados já introduziram algumas delas em seus cardápios, como é o caso de restaurantes de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Eles vêm desenvolvendo receitas que ganham destaque em festivais de gastronomia e circuitos turísticos”.
“Para que todas as perspectivas sejam promissoras, é importante que essa cadeia produtiva agricultor-consumidor-mercado esteja bem alinhada, respeitando os processos ecológicos, a sazonalidade dessas plantas e sua sustentabilidade no sistema”, reforça a agrônoma.
Onde e como cultivar
Consultor master e especialista em Agricultura Orgânica e Cultivo Protegido na ImGrower, o engenheiro agrônomo Thiago Tadeu Campos comenta que as plantas alimentícias não convencionais podem ser cultivadas como as demais hortaliças utilizadas no dia a dia.
“Muitas delas, além de comestíveis, ainda apresentam propriedades medicinais. O termo ‘não convencionais’ foi adotado porque boa parte dessas plantas não é produzida ou comercializada em grande escala e, por isso, não estão muito presentes nos mercados e hortifrútis”, informa Campos.
De acordo com o engenheiro agrônomo, geralmente as PANC são plantas de fácil cultivo e surgimento espontâneo bem resistente, principalmente às condições de estresse, como altas temperaturas e/ou escassez de água.
“As hortaliças, frutas e flores tradicionais que consumimos no dia a dia, em geral, requerem cuidados peculiares, como adubação, luz solar e irrigação constante. Contudo, as PANC demandam necessidades diferentes, podendo ser implantadas em locais onde as condições não sejam tão favoráveis em comparação às convencionais”.
Campos destaca que muitas dessas plantas nascem em lugares onde não há incidência de luz solar intensa ou o solo é escasso em nutrientes.
“Algumas espécies de PANC surgem de maneira espontânea e não necessitam que ninguém as plante. Podemos citar como exemplo o caruru (Amaranthus viridis), o picão (Bidens pilosa), a beldroega (Portulaca oleracea L.) e a serralha (Sonchus oleraceus). Esses exemplos são clássicos e podem ser facilmente encontradas nos canteiros, bordas de jardins e terrenos baldios.”
Ele também cita algumas plantas alimentícias não convencionais, que podem ser cultivadas tanto em hortas quanto em vasos. “Muitas têm sabor agradável, além de propriedades nutricionais e/ou medicinais importantes.”
Onde comprar mudas e sementes de PANC? *
Pesquisador da Embrapa Hortaliças (DF), Nuno Madeira afirma que, no Brasil, ainda não existem viveiros especializados em PANC.
A compra de mudas e sementes, conforme ele orienta, deve ser feita com segurança – e preferencialmente – “junto a agricultores tradicionais, aqueles com perfil de guardiães de sementes, mas que trabalham, em geral, discreta e despretensiosamente; em feiras livres e de orgânicos ou mercados regionais, além de, possivelmente, junto aos órgãos de extensão rural e pesquisa em cada Estado”.
Abaixo, A Lavoura lista alguns viveiros que já fornecem PANC para algumas fontes entrevistas por esta reportagem. De toda forma, o ideal é sempre consultar um especialista, para não correr o risco de confundir uma planta alimentícia não convencional com planta tóxica.
– Galpão das Plantas – São Paulo (SP)
Endereço: Rua Jaime Ribeiro Wright, n° 302, Itaquera, São Paulo (SP)
Tel: 11 2521-3672
– Manah da Terra (MG)
Tel: 35 99872-9362
Site: www.manahdaterra.com.br/
– Ponta Flora – Holambra (SP)
Endereço: Rua Campo de Pouso, n° 1444, Centro – Holambra – SP
Tel: 19 3802-8080
Site: www.prontaflora.com.br
– Sabor da Fazenda – São Paulo (SP)
Endereço: Av. Nadir Dias de Figueiredo, 395 – Vila Maria – SP
Tel: 11 2631-4915
Site: http://sabordefazenda.com.br
Obs: Pelo site, existem mais três locais – na capital e no interior de São Paulo – que vendem mudas de PANC.
– Sítio da Mata – São Paulo (SP)
Endereço: Rua Américo Brasiliense, 1923 – Chácara Santo Antonio, São Paulo (SP)
Tel: 11 5181-3044 / 5181-3289
Site: www.sitiodamata.com.br/especies-de-plantas/especies-nativas
– Viveiro Ciprest – Plantas Nativas e Exóticas – Limeira (SP)
Endereço: Rodovia Limeira-Artur Nogueira (Rua José Santa Rosa) Km 10,5,
Bairro dos Frades, Limeira (SP)
Tel: 19 3451-5824 ou 19 99601-7665
WhatsApp:19 99144-7580
Site: www.ciprest.com.br
– Viveiro Estrada Real – Carrancas (MG)
Endereço: Acesso à Cachoeira da Fumaça, Estrada para Estação de Carrancas
Tel: 35 98841 4138 (Oi – WhatsApp) / 35 99157 8438 (Tim – WhatsApp) / 35 98800 5925 (Oi)
Site: http://viveiroestradareal.com.br
– Viveiro da Mata Atlântica – Nova Friburgo (RJ)
Endereço: RJ-142, Km 6, Stucky, Nova Friburgo – RJ
Tel: 22 2519-4023
site: https://business.google.com/
website/viveirodamataatlantica
– Sistema Integrado de Produção Agroecológica – Fazendinha da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Endereço: Fazendinha Agroecológica do Km 47, na sede do projeto em Seropédica-RJ.
– No Rio de Janeiro, o “Canto das Flores”, laboratório colaborativo de permacultura urbana na Fundição Progresso (Arcos da Lapa), promove cursos e oficinas sobre PANC e vende mudas durante os eventos.
www.facebook.com/organicidade
– Site colaborativo que indica onde podem ser adquiridas PANC no Brasil
https://kaaete.org/
* A distribuição e venda de mudas de PANC pelos viveiros, com garantia de origem, espécie, entre outras características, são de total responsabilidade do estabelecimento.
Dicas de leitura sobre PANC
Para quem deseja estudar ou se aprofundar ainda mais no universo das plantas alimentícias não convencionais (PANC), A Lavoura dá algumas dicas de leitura, a maioria disponível para download gratuito.
– Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) No Brasil
Publicação: Instituto Plantarum
Autores:Valdely Knupp e Harri Lorenzi
Preço:entre 100 e 120 reais (valor da consulta feita no dia 13 de junho de 2019)
Mais informações pelo site:www.plantarum.com.br
– Guia Prático de PANC – Plantas Alimentícias Não Convencionais
Publicação: Instituto Kairós
Disponível para download gratuito pelo link (encurtado): ow.ly/QiTs30oWaaI
Mais informações pelo site: institutokairos.net
– 20 PANCs para plantar na horta orgânica
Publicação: ImGrower
Download gratuito: ow.ly/Qm2R30oWaet
Outras informações pelo site: thiagoorganico.com
– Cultivo e Propriedades de Plantas Alimentícias Não Convencionais-PANC
Publicação: Agência Paulista de Tecnologias dos Agronegócios (APTA)
Download gratuito: ow.ly/1NsQ30oWanM
Mais informações pelo site: www.aptaregional.sp.gov.br
– Cartilha Plantas Alimentícias Não Convencionais
Publicação: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Download gratuito: ow.ly/Ym2D30oWatD
Site geral: www.ufrgs.br
– Cozinhando com PANC – Prefeitura São José dos Campos
Publicação: Prefeitura de São José dos Campos
Download gratuito: ow.ly/htqf30oWaMi
Site geral: www.sjc.sp.gov.br
– Plantas Alimentícias Não Convencionais – PANCs
Publicação: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri)
Download gratuito: ow.ly/ZaDY30oWaXX
Site geral: www.epagri.sc.gov.br
– Aplicação de PANCs na alimentação humana
Publicação: Dra. Lidiane Barbosa
Download gratuito: ow.ly/33wY30oWb8h
Site oficial: lidianebarbosa.com.br
– Cartilha Conhecendo Plantas Alimentícias
Publicação: Universidade Federal Fluminense (UFF)
Download gratuito: ow.ly/afha30oWbbe
Site geral: www.uff.br
– Conheça as PANCs – Plantas Alimentícias Não Convencionais
Publicação: Dr. Victor Sorrentino
Disponível para download gratuito na seção E-book: ow.ly/6Did30oWbhI
Site oficial: drvictorsorrentino.com.br
* Todas as informações contidas nos livros, e-books, cartilhas, entre outros conteúdos, são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.
PANC
Quais partes são comestíveis?
Especialistas em plantas alimentícias não convencionais, como a nutricionista Elisabete Silva (leia matéria na coluna Alimentação & Nutrição) alertam para os cuidados que se deve ter ao consumir PANC.
Algumas podem conter partes tóxicas; outras ficam livres da toxicidade se forem bem fervidas, muitas delas com adição de sal; e algumas podem apresentar o mesmo nome, como a taioba, mas ter variedades que fazem mal à saúde.
O indicado é comprar essas plantas em feiras de alimentos orgânicos e agroecológicas, direto com produtores, que podem trabalhar até em hortas urbanas e comunitárias. Se for plantar, a orientação é adquirir mudas de viveiros devidamente credenciados.
Abaixo, a revista A Lavoura lista as partes dessas plantas que podem ser consumidas, tendo como fonte o Guia Prático de PANC do Instituto Kairós (http://ow.ly/D76E30oKGQc).
– Almeirão-de-árvore ou almeirão-roxo (Lactuca indica L.)
Partes usadas: folhas
Atenção: não confundir com Leptostelma máxima (margarida-do-brejo), que possui flores de pétalas brancas e não tem as típicas nervuras roxas, além de folhas mais fibrosas.
– Araruta (Maranta arundinacea L.)
Partes usadas: raízes amiláceas, parecidas com cenouras
Atenção: deve ser obrigatoriamente cozida!
– Azedinha (Rumex acetosa L.) ou língua-de-vaca
Partes usadas: folhas
Atenção: quem possui problemas renais crônicos, deve consumir com moderação.
– Banana verde (Musa x paradisiaca L.)
Partes usadas: o fruto verde, podendo ser consumido com a casca. O coração (mangará) da bananeira também é comestível
Atenção: deve ser obrigatoriamente cozida!
– Beldroega (Portulaca oleracea L.)
Partes usadas: caule, flores e folhas
Atenção: às vezes, é confundida com Euphorbia prostrata, que é tóxica. Tem frutos verdes e costuma soltar um “leite”, quando cortada.
– Bertalha (Basella alba L.)
Partes usadas: folhas e frutos
Atenção: não confundir com a espécie Cissus verticillata, que possui folhas não suculentas, caules quadrangulares e floração em umbelas, frutos da cor preta e ricos em oxalato, que irritam a boca. Ela também possui gavinhas, que são inexistentes na bertalha.
– Bertalha-coração – Anredera cordifolia (Ten.) Steenis
Partes usadas: folhas e bulbilhos aéreos (batatinhas)
Atenção: sem restrições
– Capeba ou pariparoba (Piper umbellatum L.)
Partes usadas: folhas, que devem ser obrigatoriamente cozidas
Atenção: não confundir com Alchornea sidifolia que, além de não apresentar os típicos frutos em forma de dedo e o aroma de pimenta, tem as folhas menos arredondadas e um “bico” discreto (ápice agudo).
– Capuchinha (Tropaeolum majus L.)
Partes usadas: folhas, flores e frutos comestíveis
Atenção: sem restrições
– Caruru (Amaranthus spp)
Partes usadas: folhas e sementes
Atenção: obrigatoriamente, deve pré-ferver por um a três minutos e descartar a água, antes do uso em outras preparações.
– Celósia ou espinafre-africano (Celosia argentea L.)
Partes usadas: folhas e sementes
Atenção: as folhas devem ser obrigatoriamente pré-fervidas por um a três minutos e descartada a água do cozimento, antes do uso em outras preparações.
– Cúrcuma ou açafrão-da-terra (Curcuma longa L.)
Partes usadas: raízes
Atenção: depois de colhida, deve ser mantida à sombra e em local arejado.
– Feijão-guandu – Cajanus cajan (L.) Huth
Partes usadas: sementes (grãos)
Atenção: deve ser obrigatoriamente cozido
– Feijão-Mangalô ou orelha-de-padre ou lablab – Lablab purpureus (L.) Sweet
Partes usadas: folhas, vagens (botanicamente, frutos) e sementes
Atenção: deve ser obrigatoriamente cozido!
– Folha de batata-doce– Ipomoea batatas (L.) Lam
Partes usadas: folhas, além das batatas
Atenção: deve ser obrigatoriamente cozido!
– Guasca ou picão-branco (Galinsoga parviflora Cav. E Galinsoga quadriradiata Ruiz &Pav.)
Partes usadas: caule, flor e folhas
Atenção: pode ser confundida com a planta não-comestível Siegesbeckia occidentalis, que possui flores de pétalas amarelas e viscosas.
– Mitsubá (Cryptotaenia japônica Hassk)
Partes usadas: folhas cruas. Substitui a salsinha
Atenção: recomenda-se não usar cozida para não amargar.
– Moringa ou acácia-branca (Moringa oleiferaLam.)
Partes usadas: folhas, flores, vagens (botanicamente, frutos) e raiz
Atenção: sem restrições
– Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata Mill. ou Pereskia grandifolia Haw.)
Partes usadas: folhas, cozidas e refogadas ou cruas (desde que em pequenas quantidades em saladas). Frutos e flores comestíveis in natura.
Atenção: existem várias espécies de ora-pro-nóbis, todas aparentadas. Mas, o alerta é para a espécie de flor rosa (P. grandifolia), que deve ser consumida unicamente cozida.
– Orelha-de-macaco e espinafre-amazônico (Alternanthera sessilis (L.) R.Br. ex DC.)
Partes usadas: folhas
Atenção: as folhas devem ser, obrigatoriamente, pré-fervidas por um a três minutos e descartada a água do cozimento, antes do uso em outras preparações. Evitar usar folhas dessas plantas que estejam nascendo a pleno sol ou em períodos de seca, pois podem ser amargas e fibrosas.
– Peixinho (Stachys byzantina K. Koch)
Parte usada: folhas
Atenção: sem restrições
– Picão (Bidens pilosa L. e Bidens alba (L.) DC)
Partes usadas: folhas
Atenção: deve ser obrigatoriamente cozido!
– Serralha (Sonchus oleraceus L.)
Partes usadas: folhas, flores e caule
Atenção: sem restrições
Algumas PANC para cultivar e consumir
Veja abaixo uma lista com PANC e como cultivá-las em vasos, praças, jardins, hortas etc.
AZEDINHA
Rumex acetosa L.
Parte usada: folhas
Tempo de vida: perene
Época de plantio: épocas mais amenas, apreciando regiões frias e de altitude
Colheita: ano todo
Cultivo: tolera sombra parcial e aprecia solos úmidos e muito férteis, devendo ser plantadas em local em corrente de vento. Multiplicação por divisão de touceira ou, eventualmente, por sementes. Existem as variedades pequena e graúda.
BELDROEGA*
Portulaca oleracea L.
Partes usadas: caules, folhas e flores
Tempo de vida: anual
Época de plantio: meses quentes
Cultivo: planta espontânea, que pode ser também cultivada através de estacas – basta separar os galhos e plantar.
Para coletar sementes, coloque uma folha de jornal sob as plantas adultas e bata para que as mesmas se soltem. Podem ser semeadas em local definitivo jogadas de forma superficial. Com adubação, fica maior. Por ser muito resistente, é uma boa planta para hortas com pouca rega ou para os períodos mais secos do ano.
(*) Planta indicadora de solos férteis
Bertalha
Basella alba L.
Partes usadas: folhas e frutos
Tempo de vida: perene
Época de plantio: ano todo, em especial em épocas chuvosas
Colheita: ano todo
Cultivo: trepadeira vigorosa, aprecia climas quentes e úmidos. Plantio em local definitivo, por estacas ou sementes. Os brotos podem ser usados em saladas. Atrai pássaros.
Capuchinha
Tropaeolum majus L.
Partes usadas: folhas, flores e frutos comestíveis
Tempo de vida: perene, em locais de inverno frio
Época de plantio: ano inteiro, com bom desenvolvimento nos meses mais frios do ano
Cultivo: é uma planta rasteira, muito rústica, que aprecia os meses mais frescos do ano. Quando plantada em solos férteis, se desenvolve melhor.
Para fazer mudas, podem ser usadas sementes ou caules. Pode ser utilizada como forração.
Caruru *
Amaranthus spp
Partes usadas: folhas e sementes
Tempo de vida: ano todo
Época de plantio: começo do período chuvoso
Colheita: use as folhas tenras ou colha sementes depois da floração
Cultivo: planta espontânea, cultivada por sementes. Devem ser semeadas em local definitivo, jogadas superficialmente. Com adubação, as folhas ficam muito grandes. Crescimento muito rápido, devendo ser consumidas antes da floração. Existem
muitas variedades: de folhas maiores ou menores, verdes ou arroxeadas, variando também a cor das inflorescências.
A espécie de caule vermelho costuma ter espinhos (Amaranthus spinosus) e deve ser manipulada com atenção.
(*) Planta indicadora de solos férteis
MORINGA
acácia-branca
Moringa oleifera Lam.
Partes usadas: folhas, flores, vagens (botanicamente, frutos) e raiz
Tempo de vida: perene
Época de plantio: épocas mais quentes e úmidas do ano
Colheita: ano todo
Cultivo: tolera solos secos, pobres e arenosos, e não gosta de solos encharcados. Plantio por sementes ou por estacas, que devem ser transplantadas para local definitivo com, pelo menos, 30cm de altura. Pode ser podada para manterse baixa ou deixada para crescer até virar uma árvore.
ORA-PRO-NÓBIS
Pereskia aculeata Mill.
Pereskia grandifolia Haw.
Partes usadas: folhas, cozidas e refogadas ou cruas (desde que em pequenas quantidades em saladas). Frutos e flores comestíveis in natura
Tempo de vida: perene
Época de plantio: período chuvoso
Cultivo: rústica, deve ser plantada junto a cercas ou para “subir”, evitando locais de passagem por ser muito espinhosa. O plantio é feito por estacas maduras de 15 cm, sem folhas e enterradas um terço de seu comprimento total. Aprecia adubação frequente com composto e esterco. Deve ser podada regularmente para manter um tamanho acessível e folhas grandes. Tolera eventuais secas.
PEIXINHO
Stachys byzantina K. Koc
Partes usadas: folhas
Tempo de vida: perene
Época de plantio: meses mais amenos
Cultivo: aprecia pleno sol e solos férteis, sendo resistente à seca. Multiplicação por divisão da touceira ou por estacas, enraizada em viveiro antes de ir para o local definitivo. Muito ornamental,
pode ser usada para demarcar canteiros e caminhos.
SERRALHA
Sonchus oleraceus L.
Partes usadas: folhas, caules e flores
Tempo de vida: anual
Época de plantio: ano todo (em especial na primavera)
Cultivo: planta espontânea de aspecto característico, tem folhas serrilhadas e solta “leite” quando cortada.
Colha as sementes antes que voem. É possível fazer um canteiro só dela, escolhendo as sementes das plantas mais vigorosas. Cresce rápido e fica grande com boa adubação orgânica. Quanto mais velha, mais amarga.
VINAGREIRA
Hibiscus acetosella Welw. ex Hiern
Hibiscus sabdariffa L.
Partes usadas: folhas, flores e frutos (botanicamente, cálice floral), crus ou cozidos
Tempo de vida: bianual
Época de plantio: chuvoso (evitar período frio do ano)
Cultivo: também chamada de cuxá ou hibisco. Planta arbustiva de até três metros de altura, ramificada. Pode ser propagada por sementes (armazenamento de até seis meses) ou por estacas (antes do florescimento, galhos de pelo menos 0,5 a 1,0cm de diâmetro por 20 a 30cm
de comprimento, sem folhas, enterrados 1/3). Muito rústica, necessita de pleno sol. Pode ser podada eventualmente.
TAIOBA
Xanthosoma sagittifolium Shot
Partes usadas: folhas e rizomas
Cultivo: O cultivo é feito por meio de mudas, no caso, rizomas obtidos
de plantas maduras, de preferência de áreas de produção saudável
Ambiente: A taioba gosta de clima quente, e seu cultivo vai bem em locais com temperaturas acima de 25 ºC. Não tolera geadas e tem seu desenvolvimento comprometido em ambientes com temperaturas abaixo de 15 ºC, entrando em dormência e em processo de envelhecimento
das folhas.
Plantio: Gosta de solo fértil, rico em matéria orgânica, bem drenado e com pH entre 5,8 e 6,5. Se necessário, corrija a acidez do terreno com calcário a partir da análise de solo e recomendação técnica. A melhor época para plantio nas regiões Sudeste e Sul é de setembro
a novembro; no Centro-Oeste, de setembro a fevereiro; pode ser cultivada o ano todo no Norte e no Nordeste, onde haja boa umidade.
Atenção: Há variedades de taioba que não são comestíveis, inclusive nenhuma deve ser consumida crua. Os níveis de ácido oxálico presentes na planta provocam inflamação e coceira nas mucosas, a ponto de causar sensação de sufocamento pelo fechamento da garganta. Nas opções comestíveis, o preparo com cozimento anula esses efeitos.
Fonte: Embrapa
Fonte das Fichas:
Guia Prático de PANC para Escolas, integrante do projeto Viva Agroecologia
Realização: Instituto Kairós e Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente.
Curadoria de plantas e textos: Guilherme Reis Ranieri
Edição geral: Ana Flávia Borges Badue e Guilherme Reis Ranieri.
Disponível em: vivaagroecologia.blogspot.com.br