De um total de 642,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar moída no Brasil, 65% são destinadas à produção de etanol, que é distribuída nos subprodutos anidro e hidratado, e 35% vão para a fabricação de açúcar. O crescimento foi 3,6% em relação à safra anterior.
A área plantada, por sua vez, diminuiu 1,35%, alcançando 8,48 milhões de hectares. Os dados fazem parte do terceiro levantamento da Safra de Cana 2019/2020, divulgado no último dia 19 de dezembro, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De acordo com a estatal, o fato de a redução de área permitir o aumento da safra se deve à boa produtividade dos canaviais, que marca atualmente 75,7 toneladas por hectare, com alta de 4,9%. Em algumas regiões, os agricultores estão mudando as áreas de produção para as de renovação, em busca de maior produtividade.
Conforme a Conab, a produção total de etanol, proveniente da cana-de-açúcar e do milho, é de 35,5 bilhões de litros, com um acréscimo de 7,2%, comparado à safra 2018/19. Só da extração da cana são 33,8 bilhões de litros, um crescimento de 4,6%. Desse montante, a maior parte vai para o etanol hidratado, gerando 23,6 bilhões de litros, enquanto que o anidro fica com 10,2 bilhões.
Etanol de milho
O etanol do milho, por sua vez, está despertando o interesse dos produtores e a Conab vem observando essa relevância na destinação do produto para combustível desde maio, quando começou a incluir o cereal em suas pesquisas.
A estimativa da Companhia é de uma produção de 1,69 bilhão de litros, com elevação de 114% frente a última safra. O biocombustível na forma hidratada sinaliza a produção 1,2 bilhões de litros, com crescimento de 120%, ao passo que o anidro chega a 463 milhões e aumento de 2,6% a mais que no estudo anterior.
Por outro lado, os 35% da moagem destinados ao açúcar vão permitir que se produza 30,1 milhões de toneladas do subproduto, com um crescimento de 3,8%.
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