A volta das análises do produto na Embrapa Meio-Norte reforça medidas de segurança
A Embrapa Meio-Norte (Teresina/PI) já retomou as análises de amostras externas de mel no Laboratório de Controle de Qualidade de Produtos Apícolas. O retorno dessa atividade é feito com base nas medidas preventivas de segurança à coleta, envio e recepção das amostras de mel, conforme o protocolo de combate ao coronavírus.
Fazem parte das medidas de prevenção o uso de máscaras e a desinfecção das mãos e das embalagens com as amostras de mel com álcool a 70%. O objetivo das ações é garantir a qualidade e a segurança do serviço, para atender à demanda dos clientes internos e externos.
As atividades desenvolvidas pelo setor de apicultura contam com cooperação técnica entre o setor produtivo do mel (associações, cooperativas e produtores) e parceiros, entre os quais, unidades da Embrapa, universidades e outras instituiçõe.
Piauí
O Estado do Piauí despontou como um dos principais produtores de mel das abelhas Apis mellifera, produzido a partir da flora nativa, rica e diversificada durante a estação chuvosa, resultando e uma produção de variados tipos de méis, com coloração, sabor, aroma e composição físico-química diferenciados.
Segundo pesquisadores da Embrapa Meio-Norte, o controle da qualidade do mel é imprescindível para atender a um mercado cada vez maior e exigente em todo o mundo, de forma a garantir que o produto seja comercializado com as suas propriedades naturais preservadas. deve que ter características que facilitem sua utilização, com uma adequada conservação e apresentação, além de favorecer a obtenção de um produto cada vez mais competitivo no mercado mundial.
Para viabilizar a comercialização do mel produzido no Piauí, os produtores precisam do relatório de ensaio analítico com os resultados das análises exigidas pela legislação brasileira, emitido por um laboratório que tenha a permissão cedida pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), como o da Embrapa Meio-Norte.
Exigências
As análises físico-químicas realizadas pelo laboratório de apicultura obedecem as exigências do Mapa para o controle de qualidade do mel, como umidade, açúcares redutores, sacarose aparente (indicam a maturidade do mel); minerais ou cinzas, sólidos insolúveis em água (a pureza) e hidroximetilfurfural (HMF), acidez livre e atividade diastásica (a deterioração).
O mercado consumidor prefere os méis de cor clara, que possuem maior valor agregado em comparação a outros tipos de méis, embora os de cor escura tenham um valor nutricional e uma presença maior de minerais, que os de cor clara. Em algumas regiões, os méis escuros são mais apreciados.
Além de provar, por meio de análises em laboratórios, que o produto é de boa qualidade, é preciso garantir que o produto seja seguro, isento de agrotóxicos e que pode ser consumido sem risco à saúde.
Amostras
A produção de mel orgânico de boa qualidade beneficia apicultores de base familiar com suas associações e/ou cooperativas, ampliando a visão do produtor quanto à competitividade de mercado, gerando aumento de renda para as famílias nas comunidades da área de abrangência.
Para realização das análises físico-químicas, são necessários 200 gramas de mel. Caso seja incluída a solicitação de análises microbiológicas, é necessário outro frasco da amostra de mel. O frasco pode ser de plástico ou de vidro e deve estar limpo e seco. Fita adesiva melhora a vedação da tampa no frasco.
Os frascos com as amostras devem ser identificados individualmente, com o nome do produtor, florada, data de coleta, lote, município e cooperativa e/ou associação. As etiquetas devem ser coladas no frasco, preenchidas com lápis e cobertas com fita adesiva transparente, para evitar a perda das informações.
Em geral, as amostras de mel dos clientes externos chegam até à Embrapa por meio dos correios. Depois de protocoladas pelo Setor de Infraestrutura e Logística, são encaminhadas para o Setor de Gestão de Laboratórios .