Snacks, plant based, fibras, bem-estar e “consumo verde” estão entre as tendências do setor alimentício para os próximos anos. Elas foram divulgadas na maior feira de alimentos e bebidas do mundo – a Anuga –, realizada na Alemanha
Em visita à Anuga – maior feira do setor de alimentos e bebidas do mundo -, realizada em outubro deste ano em Colônia, Alemanha –, o diretor técnico da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) Marcos Fava Neves, especialista em Planejamento Estratégico do Agronegócio, fez uma lista com as principais tendências mundiais do mercado de alimentos.
Nela destaca-se a crescente demanda por produtos plant based, ou seja, alimentos à base de vegetais e novas alternativas de ingredientes com forte apelo vegano.
Segundo um estudo divulgado no evento, 54% dos chineses aumentaram seu consumo de produtos naturais, e houve um crescimento de 60% no lançamento de alimentos plant based, no último ano.
Plant based é uma das mais recentes novidades do mercado envolvendo a área de biotecnologia para o mercado de alimentos. O assunto será destaque de uma série de reportagens da próxima edição impressa da revista A Lavoura.
Clique no vídeo para conferir as dez tendências de consumo de alimentos
Marcos Fava Neves, que também é titular dos cursos de Administração da Universidade de São Paulo (USP) e da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (Eaesp/FGV), possui um canal no YouTube, chamado Doutor Agro, onde compartilha leituras de questões econômicas, políticas e sociais do mundo e do Brasil, com enfoque no agronegócio. Clique e assista em www.youtube.com/channel/UCTyD2GlojkvAMMfrmGRaxMQ.
O Brasil na feira
As empresas brasileiras que participaram da centésima edição da Anuga registraram cifra histórica para o país. O valor superou o da última edição, de 2017, em US$ 900 milhões em negócios imediatos e estimados para os próximos 12 meses.
As 112 empresas brasileiras superaram todas as expectativas e realizaram US$ 3,4 bilhões em negócios: a maior marca histórica com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que lidera a participação brasileira há nove anos consecutivos.
Além do bom desempenho no pavilhão nacional, foi grande o destaque das proteínas animais, cujas empresas chegaram a Anuga por meio de projetos setoriais de estímulo à exportação realizados pela Apex-Brasil em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC – 19 empresas) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA – 23 empresas).
No pavilhão nacional o valor registrado em negócios foi de US$ 339,3 milhões. Já no pavilhão de carnes, US$ 2,3 bilhões foram fechados, enquanto no pavilhão de ovos, frangos e suínos, a cifra final alcançou US$ 762,7 milhões.
“O resultado obtido na Feira, além de não ter precedente, é mais uma sinalização positiva do mercado internacional à capacidade brasileira de prover alimentos de qualidade, sustentáveis e seguros. Reforçamos e ampliamos, com isso, a importância do agronegócio na nossa agenda”, destaca o gerente de Agronegócios da Apex-Brasil, Igor Brandão.
Em primeira mão, a capa da próxima edição da Revista A Lavoura