Em 2021, uso de biocombustíveis evitaram a emissão de 24,4 milhões de t de gases de efeito estufa
A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou o balanço de 2021 da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). De acordo com a publicação, dos 142 distribuidores de combustíveis, 118 cumpriram integralmente, ou acima de 85%, as metas estabelecidas. A legislação permite a comprovação dos 15% restantes no ano seguinte.
O balanço revela que, de um total de 34,8 milhões de créditos de descarbonização (CBIOs) emitidos, incluindo o estoque de 2019, 29,8 milhões de toneladas foram negociados, sendo 24,4 milhões de t aposentados pelos distribuidores. Esse volume corresponde a 96,8% do total das metas individuais atribuídas pela ANP e 98,2% da meta global estipulada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Cada CBIO equivale a uma tonelada de CO2. Isso significa que as distribuidoras evitaram a emissão de 24,4 milhões de toneladas de gases de efeito estufa (GEE) com a utilização de biocombustíveis. Cada CBIO foi negociado a um R$ 39,31, movimentando R$ 1,17 bilhão em 2021.
O RenovaBio foi nstituído pela Lei nº 13.576/2019. Seu objetivo é promover a expansão da produção e do uso de biocombustíveis na matriz energética nacional, a fim de reduzir a intensidade média de carbono da matriz de combustíveis e contribuir com a redução de emissão de gases de efeito estufa.
Metas
Coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), o Comitê RenovaBio tem a função de formular, anualmente, as metas de redução de gases do efeito estufa para recomendar sua aprovação ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Conforme compromisso voluntário assumido pelo Brasil no Diálogo de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), a Resolução CNPE nº 17/2021 estabeleceu a meta global para 2022, assim como o centro da meta com intervalos de tolerância para o período 2023-2031.
Até 2030, o compromisso é a redução da intensidade média de carbono da matriz de combustíveis em 10%. Além disso, a emissão superior a 620 milhões de toneladas de GEE será evitada.