Entidades vão desenvolver sistema para gestão e controle das IGs no Brasil
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por meio do seu instituto, deu início, na quarta (1º), em Patrocínio (MG), a uma parceria inédita com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para construção de um sistema de controle e rastreabilidade das Indicações Geográficas (IGs) de café.
“O sistema visa à gestão e controle dos produtos e a transparência para o consumidor, que saberá de onde o café veio, como foi produzido, etc. A proposta é importante para reforçar a governança na área das IGs, o controle dos produtos nacionais e o fomento aos produtos diferenciados e de origem brasileira”, afirmou a assessora técnica do Instituto CNA, Marina Zimmermann.
Representantes das entidades se reuniram em Patrocínio (MG), município do Cerrado Mineiro, onde há uma das 14 IGs de cafés do país, no Encontro de Regiões Produtoras de Café do Brasil com Indicação Geográfica, para debater o modelo de chamada para os desenvolvedores do sistema que será criado dentro do projeto Digitalização das Indicações Geográficas de Café.
A iniciativa é inédita no Brasil e pretende dar mais visibilidade e expandir o mercado de cafés especiais, tanto nacional quanto internacional, além de potencializar as referências como qualidade e origem dos grãos produzidos no país.
As Indicações Geográficas são ferramentas coletivas de valorização de produtos tradicionais vinculados a determinados territórios, com foco na agregação de valor ao produto e proteção da região produtora.
Atualmente o Brasil tem 100 Indicações Geográficas reconhecidas pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).
Segundo Marina, o Instituto CNA vai lançar um edital para chamada de desenvolvedores do sistema no final de março.
Também participaram da reunião representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), das Indicações Geográficas dos estados de São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Rondônia, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics).