No primeiro trimestre de 2012, o crescimento da produção nacional foi de 15%. As vendas do setor acompanharam este ritmo, motivadas principalmente pelo varejo
Arranjos bem trabalhados, simples, com cores fortes ou delicadas. A beleza das rosas e o seu perfume natural chamam atenção em qualquer lugar. Por isso elas conquistam cada vez mais espaço no dia a dia das famílias brasileiras. Segundo informações da Hórtica Consultoria e Treinamento, representam 30% de todo o consumo de flor de corte no Brasil.
Crescimento
Dados da Cooperflora – Cooperativa dos Floricultores, situada na cidade de Holambra (SP) – que reúne mais de 50 cooperativados, indicam que, de janeiro a março de 2012, houve um aumento de 15% na produção de rosas, em comparação ao mesmo período de 2011.
Boas estratégias
A Rosas Reijers confirma essa realidade, com crescimento de 10% no corte de seus mais de 50 tipos de rosas. “Temos uma grande variedade de produtos e um sistema de produção sustentável.
Com o uso de novas tecnologias e boas estratégias, estamos preparados para impulsionar nossa produção a qualquer momento e acompanhar a demanda de mercado”, afirma Roberto Reijers, sócio-diretor da empresa, que cultiva mais de 1 milhão de roseiras.
Preço acessível
De acordo com levantamento da Hórtica, prestadora de serviços especializados das cadeias produtivas agropecuárias, com ênfase nos produtos da horticultura (flores, frutas e hortaliças), em 2011 foram comercializadas mais de 285 milhões de unidades de rosas.
O resultado é consequência, em especial, da maior oferta destas flores em supermercados, que colocam à venda rosas frescas todos os dias. Além disso, o preço mais acessível e a alta qualidade dos produtos têm incrementado atividades de jardinagem, decoração e arquitetura, de modo geral.
Vendas
“De fato, as vendas no varejo deram um novo rumo para os negócios, sendo os supermercados os grandes parceiros nesta questão.
As flores estão mais acessíveis aos clientes, sendo adquiridas pelo consumidor final em datas comemorativas ou não. Uma nova cultura a respeito das rosas está em formação”, acredita Reijers, afirmando que o varejo é responsável por 25% das vendas da empresa.
Produção por Estados
São Paulo é carro-chefe quando se fala em floricultura. Tanto em termos de produção quanto de mercado e consumo. A cidade responde por 60% a 70% do segmento. Porém, com o mercado aquecido, outros polos importantes começam a surgir e se consolidar.
O Ceará é um forte exemplo entre os estados que têm se destacado nos últimos anos e já garantiu espaço na produção de rosas para o mercado interno e exportação. Já Minas Gerais tem esboçado uma recuperação na roseicultura nacional.
“Em Minas, temos um clima mais ameno, devido às altitudes, o que nos permite produzir uma rosa de botões grandes, cores intensas, excelente qualidade e a poucos quilômetros do grande mercado distribuidor de São Paulo.
Já o clima do Ceará facilita uma produção contínua ao longo do ano, abastecendo os mercados do Norte e Nordeste com produtos frescos”, afirmou Reijers. Com duas fazendas em atividade (Itapeva/MG e São Benedito/CE), a Rosas Reijers é considerada a maior produtora de rosas do país. Há 30 anos no mercado, produz mais de 50 tipos de rosas em 46 hectares. Sua produção abastece todo o território nacional e parte é exportada para a Holanda. Cultivadas em sistema de substrato, as rosas são certificadas pelo Método de Produção Sustentável (MPS), com 98,8 pontos – a maior nota entre 4.100 produtores inscritos em todo o mundo (50 países).