Além de gerar negócios, ferramenta auxilia no desenvolvimento do segmento (Foto: Divulgação)
Levar inteligência tecnológica para melhorar o controle da produção na aquicultura, organizar dados e apoiar a tomada de decisão. Esses são alguns dos objetivos da Aquabit, empresa especializada na gestão da aquicultura e uma das startups integrantes do SNASH, hub de inovação apoiado pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA)
“Dessa forma, contribuímos para o sucesso da produção e o desenvolvimento da cadeia produtiva”, destaca o CEO da Aquabit, Ailton Rodrigues. Ele explica que ao usar o aplicativo, de forma simples e prática, os produtores registram todos os dados da produção na palma da mão, inclusive sem necessidade de conexão com a internet. “Além disso, pelo computador, podem acompanhar os resultados por meio de tabelas e gráficos, facilitando a análise e o planejamento”, acrescenta.
Em relação à importância das ações da empresa para o desenvolvimento das atividades, Rodrigues comenta que o setor só se desenvolve quando há organização na produção. “Por isso, levamos conhecimento técnico e informativo por meio da Comunidade Aqua, promovendo a conexão entre os atores do setor e oferecendo nossa tecnologia para que o aprendizado seja colocado em prática”, detalha.

De acordo com o CEO da Aquabit, Ailton Rodrigues (foto), um dos objetivos da empresa é contribuir para o sucesso da produção e o desenvolvimento da cadeia produtiva do segmento aquícola. Foto: Divulgação
Além disso, segundo o CEO, os novos investidores que ingressam na atividade têm acesso a conhecimento prático compartilhado por produtores e técnicos experientes, fortalecendo e consolidando as ações na produção.
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Desafios e oportundiades do setor
De acordo com Rodrigues, ainda existem alguns gargalos para que o segmento se desenvolva de uma forma mais acelerada. “Além da profissionalização dos produtores e o aumento do consumo de pescado, também se faz necessária uma verticalização das atividades em diversas regiões do Brasil, como na produção de alevinos, na produção de juvenis, engorda, fabricação de ração, abate e venda”, observa.
Dentre as oportunidades, Rodrigues cita alguns pontos de destaque, como a crescente adoção de tecnologias na produção aquícola, a entrada de novos investidores no setor, além da maior disseminação de conhecimento, tanto para produtores já estabelecidos quanto para novos empreendedores.
Cenário
Segundo a PeixeBR, em 2024, a produção de peixes cresceu 9,2% em toneladas, enquanto as exportações registraram um aumento de 138% em faturamento. “A aquicultura é a cadeia pecuária que mais cresce no Brasil e deve continuar expandindo a uma taxa superior a 5% ao ano” aponta.

Para Rodrigues, com a profissionalização dos produtores e a organização da produção, a oferta de crédito para investimentos no setor deve aumentar. Foto: Divulgação
Ele acrescenta ainda que a produção de camarão também vem se desenvolvendo rapidamente, com produtores cada vez mais interessados em adquirir e aplicar conhecimento para melhorar seus resultados. “Com a profissionalização dos produtores e a organização da produção, a oferta de crédito para investimentos no setor deve aumentar”, prevê o CEO.
Além disso, Rodrigues acredita que a compra de ração será mais acessível nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, e haverá um crescimento no número de abatedouros e unidades de beneficiamento de pescado em regiões mais afastadas dos grandes centros do Sul e Sudeste.
Por fim, ele informa que, apesar de estar nesse mercado há mais de sete anos e de todo o aprendizado, a Aquabit ainda é uma startup em crescimento diante de players consolidados, mas com o compromisso de utilizar a tecnologia para ampliar o acesso ao conhecimento, conectar os diversos agentes do setor e gerar negócios.
“Com nossas plataformas, tanto no computador quanto no celular, possibilitamos que os produtores tenham controle total de sua produção, aprimorem seus processos e aumentem sua eficiência produtiva”, conclui o executivo.