A Agrotoken aposta em uma jornada de transformação digital, com a tokenização de diversas atividades do agronegócio, afirma Ariel Scaliter, Co-Fundador da empresa (na foto)
Com uma equipe de engenheiros de ponta e parcerias estratégicas com empresas como a Bunge e Visa, a Agrotoken – startup que integra o SNASH, uma iniciativa da Sociedade Nacional de Agricultura – acredita que está posicionada para redefinir o futuro da economia digital e abrir novos horizontes para investidores e empreendedores em todo o mundo.
“Nosso objetivo é criar uma plataforma global de tokenização”, revelou Ariel Ernesto Scaliter, Co-Fundador e CTO da empresa, durante evento promovido pelo SNASH.
“Com escritórios em várias partes do mundo e parcerias estratégicas, estamos determinados a liderar a revolução na tokenização de ativos reais”, disse.
Além dos grãos
A jornada da empresa se iniciou na Argentina, e começou apenas com a tokenização de grãos de soja. Contudo, recentemente, a companhia decidiu dar passos maiores, para além dos grãos, lançando uma plataforma global de tokenização, a JustToken.
“Quando começamos há quatro anos com o AgroToken, percebemos que estávamos tocando em algo maior do que imaginávamos”, conta Scaliter.
“A ideia de transformar ativos biológicos em ativos financeiros foi o ponto de partida, mas logo percebemos que poderíamos aplicar essa metodologia e tecnologia a uma ampla gama de ativos no mundo real.”
A plataforma hoje engloba outros ativos como florestas e carbono, pecuária, e terras produtivas. Este último por meio do LandToken.
“LandToken foi uma surpresa agradável. Lançamos o projeto há apenas três meses e já vimos um interesse significativo. Em apenas 60 dias após o lançamento, conseguimos atrair 200 investidores que adquiriram 100% de uma pequena propriedade, demonstrando a viabilidade e a demanda por investimentos tokenizados no setor agrícola.”
Mas a visão da Agrotoken vai além da agricultura, com planos de expandir para novos setores e geografias. A companhia está explorando novas fronteiras, com uma subsidiária sediada em Singapura dedicada à tokenização de projetos florestais e compensação de carbono.
Pilares da companhia
Scaliter enfatiza os três pilares fundamentais da tokenização: representação digital, fracionamento de ativos e automação por meio de contratos inteligentes.
Segundo ele, esses elementos não apenas modernizam o setor de ativos reais, mas também abrem portas para investidores antes excluídos devido a barreiras de entrada.
Desde sua fundação em 2021, a Agrotoken testemunhou um crescimento explosivo, com um volume de tokenização que ultrapassou os 500 milhões de dólares em seu primeiro ano.
Agora, a empresa almeja superar a marca dos 2 bilhões de dólares em tokenização em um único ano, impulsionando ainda mais a inovação no setor de ativos reais.
Como funciona a tokenização e quais as vantagens?
A funcionalidade principal da Agrotoken funciona assim: os produtores podem criar uma conta na plataforma e começar a tokenizar seus grãos, permitindo-lhes investir, economizar ou realizar transações de forma rápida e eficiente.
Por meio da tokenização, os grãos são convertidos em tokens digitais, representando uma tonelada real de produto agrícola, o que oferece uma série de benefícios, incluindo maior liquidez, segurança e facilidade de transferência.
A plataforma da Agrotoken baseia-se na tecnologia blockchain, utilizando contratos inteligentes para automatizar e facilitar o processo de tokenização.
Ao criar tokens, a empresa emite stablecoins, como o primeiro token, SOYA, lastreado na produção de soja na Argentina. Essa abordagem proporciona estabilidade e transparência aos investidores, garantindo que cada token represente um ativo real.
Os benefícios da tokenização são diversos, incluindo maior liquidez para ativos anteriormente ilíquidos, ampliação da diversificação da carteira de investimentos e eliminação de intermediários na transferência de propriedade.
Além disso, a tokenização facilita o acesso ao mercado global e simplifica os processos de negociação e investimento.