Startup visa promover impacto positivo na cadeia do agronegócio (Foto: Mapa)
Ajudar os integrantes da cadeia do agronegócio, desde o pequeno produtor rural até a grande agroindústria, a dar o primeiro passo na direção de uma operação mais sustentável. Este é o principal objetivo da Aurica, startup que integra o SNASH, hub de inovação apoiado pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA).
“Além disso, trabalhamos também para evidenciar ações positivas que já são realizadas no agro, mas que, por muitos motivos, ficam em segundo plano”, destaca CEO e sócio fundador da empresa, Pedro Carvalho Morello, formado em Comunicação Social pela FAAP (São Paulo). É, também, pós-graduado em Administração pelo Insper (São Paulo), com mestrado em Marketing pela Universidade de Lisboa (Portugal).
Conforme explica o especialista, a ideia da empresa surgiu de uma insatisfação que os profissionais da mesma sentiam, por estarem trabalhando com projetos que não pareciam ter um propósito definido, pelo menos não para eles..
“Um dia, sentamos e nos perguntamos: o que podemos fazer? Como causar algum impacto positivo? Dessa forma, decidimos seguir nosso rumo atual. A escolha pelo agronegócio, mesmo que nenhum de nós venha do agro, surgiu depois de muito estudo e de entendermos o potencial gigantesco que o agro brasileiro possui, quando se fala em melhores práticas socioambientais”, relata o CEO.
Soluções
Sobre como as ferramentas da startup promovem melhorias em relação ao impacto socioambiental das empresas, Morello informa que a Aurica oferece, atualmente, três soluções que diminuem a distância do cliente a uma prática mais sustentável que cause impacto positivo.
Um dos serviços destacados por ele é a consultoria, cuja ideia é fazer com que a empresa entenda qual o seu cenário atual, seus objetivos e como atuar para alcançá-los, sejam certificações, melhores linhas de crédito em bancos, melhores preços, entre outros.
“Também possuímos uma plataforma de gestão de indicadores de sustentabilidade, que são indicadores baseados nos principais padrões internacionais (GRI e ODS), além de outros padrões exigidos no mercado agro”, diz Morello.
Nela, segundo ele, o usuário consegue fazer gestão de suas próprias práticas, de seus fornecedores, além de gerar relatórios de sustentabilidade em um clique. “Além disso, hoje estamos desenvolvendo uma inteligência artificial que será capaz de indicar para os usuários possíveis melhorias de suas práticas”, acrescenta.
Por fim, ele destaca o trabalho de educação junto com as empresas, promovendo palestras e workshops para guiar o mercado em direção às melhores práticas, quando são abordados diversos temas, que vão desde conceitos básicos até tópicos mais avançados.
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Impactos das ações
Em relação à importância das ações da empresa para o desenvolvimento das atividades do setor, o CEO comenta que, com o auxílio da Aurica, e a partir das ferramentas e metodologias disponibilizadas pela startup, muitas portas se abrem no setor.
“Sabemos que, inúmeras vezes, produtores e empresas já realizam práticas sustentáveis, mas não sabem ainda como romper a bolha do agro para evidenciar isso e usufruir dos benefícios que podem ter. Os benefícios são vários, desde certificações, que facilitam e permitem a exportação, até linhas de crédito melhores em bancos, por exemplo”, acrescenta.
Para ele, o setor ainda sofre bastante com dificuldades em romper a bolha e demonstrar para o mundo que realiza boas práticas e que, mesmo assim, ainda há várias dificuldades em saber por onde começar e como monitorar as boas práticas da operação.
Segundo ele, o agro, como todos os outros mercados, tem um longo caminho para percorrer, mas isso não significa que boas práticas já não existam.
“É importante lembrar que o agro é responsável por inúmeros avanços tecnológicos em busca de uma produção mais sustentável, muitas vezes estando na vanguarda. É um mercado necessário, e enorme no nosso país, que tem potencial em ser a linha de frente no combate a mudanças climáticas e melhores práticas sociais”, conclui o sócio fundador da Aurica.