Proposta de startup é trazer soluções práticas e inovadoras para o mercado de biotecnologia e agronegócio (Foto: Divulgação)
Desenvolver e oferecer produtos biológicos de nova geração para o agronegócio e a biotecnologia industrial, promovendo uma agricultura mais segura, produtiva e sustentável. Estes são os objetivos da Biotech Business, startup com foco em tecnologias que proporcionam alto valor agregado com menor custo e tempo de desenvolvimento.
Conforme explica o mestre em Ciências na área de Concentração em Microbiologia Agrícola pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/ Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), CEO e fundador da empresa, Carlos Marcelo Ribeiro, a Biotech Business busca revolucionar o setor com soluções inovadoras que transformem o manejo de pragas, doenças e fertilidade do solo, tornando os produtos a escolha preferencial do mercado.
“Além disso, queremos liderar o mercado de pesquisa e desenvolvimento de produtos biológicos, sendo reconhecidos pela excelência em inovação, qualidade e impacto positivo na agroindústria. Nossa visão é transformar a abordagem dos agricultores em relação ao manejo de pragas, doenças e fertilidade do solo, destacando-nos pela excelência e impacto positivo”, acrescenta o CEO.
Como nasceu a empresa
O fundador conta que a ideia de criar a Biotech Business surgiu em 2022, motivada pelo propósito de trazer soluções práticas e inovadoras para o mercado de biotecnologia e agronegócio.
“Os fundadores, com sólida experiência técnica e acadêmica, além de credenciais robustas no ambiente corporativo, perceberam a necessidade de desenvolver produtos biológicos de nova geração que oferecessem maior estabilidade, eficácia prolongada e auxiliassem na promoção de práticas agrícolas regenerativas. Com a criação da empresa, foi possível focar em tecnologias que proporcionam alto valor agregado com menor custo e tempo de desenvolvimento”, lembra Ribeiro.
Ele destaca que as soluções da empresa impactam o agronegócio e a sociedade de várias formas, como, por exemplo, promovendo a sustentabilidade ambiental ao oferecer produtos biológicos que reduzem a necessidade de químicos nocivos e aumentam a produtividade agrícola com bioinsumos eficazes e de longa duração, além de contribuir para a segurança alimentar global por meio de práticas agrícolas mais seguras e eficientes, que repõem a biodiversidade do solo, aumentam a produtividade e promovem a regeneração do sistema solo-planta.
“Como consequência, esses produtos promovem o sequestro de carbono no solo e reduzem as emissões de gases de efeito estufa contribuindo para práticas agrícolas regenerativas. Além disso, desenvolvemos biomoléculas personalizadas para atender às necessidades específicas dos setores de biotecnologia industrial e do agronegócio”, acrescenta.
O papel da biotecnologia para o desenvolvimento das atividades agrícolas
Na avaliação do CEO, a biotecnologia é crucial para o desenvolvimento das atividades agrícolas por várias razões, como aumento da produtividade ao melhorar a eficiência dos processos agrícolas e contribuir para a produção de alimentos, além de promover a sustentabilidade ao reduzir o uso de agroquímicos e incentivar práticas agrícolas que conservam os recursos naturais.
Segundo ele, ainda no contexto da aplicação dos microbiológicos para o desenvolvimento de produtos biológicos de nova geração para o agronegócio, destacam-se diversas vantagens e avanços significativos. A utilização de microbiológicos permite a criação de bioinsumos e biopesticidas que são mais eficazes e sustentáveis em comparação aos produtos químicos tradicionais.
“Esses microbiológicos podem incluir microrganismos como bactérias e fungos que têm a capacidade de melhorar a saúde do solo, aumentar a disponibilidade de nutrientes para as plantas e proteger as culturas contra doenças e pragas de forma natural”, acrescenta.
Em complementaridade, Ribeiro cita que a biologia sintética desempenha um papel crucial ao permitir a engenharia de microrganismos para produzir compostos específicos, como enzimas e metabólitos, que são úteis na agricultura, o que inclui desde a produção de biofertilizantes que melhoram a fertilidade do solo até a síntese de biopesticidas que combatem pragas de maneira eficaz e ambientalmente responsável.
“Essas abordagens não apenas oferecem soluções mais seguras e sustentáveis para os desafios agrícolas, mas também promovem a inovação contínua ao adaptar-se às necessidades variáveis do mercado e às mudanças climáticas. Assim, a aplicação da biotecnologia no agronegócio não apenas melhora a eficiência e a produtividade, mas também contribui significativamente para a sustentabilidade ambiental e a segurança alimentar global”, argumenta o fundador da empresa.
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Futuro do setor
Em relação às perspectivas para o futuro, Ribeiro comenta que o cenário atual do segmento de biotecnologia e agronegócio está em rápida evolução, com um aumento significativo no interesse por soluções biológicas e sustentáveis, com expectativa de crescimento contínuo impulsionado por avanços em biologia sintética e engenharia genética, crescente demanda por sustentabilidade, apoio governamental e regulatório favorável, e expansão das oportunidades de mercado para produtos biológicos, especialmente em regiões que enfrentam desafios agrícolas significativos.
Diante desse cenário, ele acredita que, no futuro da aplicação dos microbiológicos no agronegócio, será possível antecipar avanços revolucionários que transformarão profundamente a agricultura e que a biologia sintética abrirá novas possibilidades, permitindo a criação de microrganismos projetados para produzir metabólitos e enzimas específicas para a nutrição e proteção de planta.
“Esses microrganismos também poderão sintetizar metabólitos específicos que beneficiam as plantas, aumentando sua resistência a estresses ambientais como seca ou salinidade, e melhorando a qualidade nutricional dos alimentos. Além disso, a biotecnologia facilitará o desenvolvimento de biopesticidas e biofertilizantes avançados”, complementa.
Ainda em relação à evolução do setor, Ribeiro cita que novas formulações de produtos biológicos de precisão serão desenvolvidas para controlar pragas e doenças de maneira seletiva e eficaz, patentes poderão ser obtidas para cepas editadas geneticamente, bem como formulações específicas de produtos biológicos, que podem incluir a combinação de diferentes organismos ou metabólitos.
Outro ponto observado pelo CEO é que a pesquisa e o desenvolvimento de bioinsumos exclusivos de nova geração podem levar à descoberta de processos e formulações inovadoras, potencialmente patenteáveis, que beneficiem a agricultura regenerativa e que as próximas gerações de produtos biológicos estão posicionadas para transformar significativamente o setor agrícola e industrial através de inovações avançadas.
“Essas inovações não só prometem tornar a agricultura mais sustentável e resiliente, mas também abrir novas fronteiras para o desenvolvimento de soluções personalizadas que atendam às necessidades específicas das diferentes regiões agrícolas e culturas, impulsionando a segurança alimentar global de forma eficaz e responsável”, finaliza Ribeiro.
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