Especialista dá dicas para garantir a segurança de animais na rua
Muito além de proporcionar bem-estar aos amigos de quatro patas, a posse responsável e a contenção de animais em passeios podem evitar uma série de transtornos e acidentes. Sendo assim, os donos de pets precisam se atentar à segurança dos pets na rua e ao respeito pelo direito de ir e vir da comunidade.
Para o professor de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Bruno Alvarenga, as medidas preventivas são fundamentais para garantir a proteção dos pets durante os passeios e evitar acidentes envolvendo animais soltos nas ruas.
De acordo com o especialista, o local apropriado para animais de estimação é dentro de casa e, quando fora dela, é importante que estes estejam sob contenção ou controle adequado por parte de seus donos.
“Ao abrir o portão de casa ou permitir que cães e gatos vivam dentro e fora de casa, os proprietários devem estar cientes dos riscos aos quais esses animais estão expostos”, destaca.
“Além disso, animais que têm acesso à rua podem enfrentar diversos perigos, como doenças, envenenamentos, brigas com outros animais e até mesmo atropelamento”, acrescenta.
Condicionamento
Conforme orienta Alvarenga, no caso de animais mais ariscos, medrosos e propensos a fugir durante os passeios, a sugestão é que seja feito um processo de condicionamento gradual com o pet.
“É importante que os animais se acostumem com coleira e guia aos poucos, começando dentro de casa e progredindo para ambientes externos com menos tráfego de carros e outros animais”, ensina.
“O condicionamento positivo e o treinamento são métodos eficazes e importantes para criar animais bem-comportados e seguros em ambientes externos”, completa.
Outras dicas
O especialista reforça que, rara garantir a segurança do animal e dos pedestres, é obrigatório o uso de guia em todos os passeios com cães. Segundo ele, animais de grande porte, que têm potencial para causar lesões, devem também utilizar focinheira, mesmo que sejam adestrados e obedientes.
“Não podemos presumir que teremos controle total sobre as ações de um animal, já que suas capacidades cognitivas são inferiores às dos humanos”, ressalta Alvarenga.
Por fim, o veterinário do CEUB alerta que a possibilidade de interações indesejadas entre cães não castrados e cadelas no cio, bem como a reação de cães a barulhos e situações inesperadas, que podem levar a acidentes e conflitos.
Os proprietários são responsabilizados pelos danos causados por seus animais, pois nem todas as pessoas gostam de cães e gatos. “Alguns têm medo, e aproximações inadequadas podem levar a reações violentas e extremas, como chutes, resultando em ferimentos nos animais”, conclui.