Olfato canino com precisão de até 98% passa a ser utilizado na identificação precoce da doença no Brasil (Foto: Pixabay)
O Outubro Rosa é um convite à conscientização, à prevenção e à importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. Diante desse cenário, surgem iniciativas que reforçam o papel positivo dos animais na sociedade como no caso da parceria entre a Royal Canin e o Projeto KDOG Brasil, conduzido pela Sociedade Franco-Brasileira de Oncologia (SFBO), que contribui para a identificação do câncer de mama ainda nas fases iniciais por meio do olfato apurado de cães treinados.
O método não invasivo, baseado na odorologia canina, não envolve contato direto com pacientes. A partir de treinamentos conduzidos por especialistas, os animais conseguem detectar alterações mínimas em compressas de suor. Atualmente, o projeto avança para a terceira e mais importante etapa da pesquisa científica, em que os cães passam a ter contato com os fluidos coletados de mulheres voluntárias. Segundo dados do KDOG Brasil, no país a precisão já chega a 98%.
“Chegamos à etapa principal do nosso protocolo científico. O projeto foi definido em três fases e, ao entrarmos nesta última, damos um grande passo em direção à concretização dos nossos objetivos. É um momento fundamental, pois o sucesso dessa fase confirma a validade da técnica para a futura implantação do método”, explica Leandro Lopes, Cinotécnico Responsável pelo Projeto.
“Estamos desenvolvendo uma técnica de rastreamento simples, confiável e acessível, que possa atuar como triagem complementar, especialmente em regiões com menor acesso a exames. Todo o trabalho é pautado no bem-estar animal e conta com protocolos científicos claros”, reforça Lopes.

O projeto é mais um exemplo de como a interação humano-animal traz benefícios concretos para a saúde humana. Foto: Pixabay
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Iniciativa
Reconhecida internacionalmente, a iniciativa já recebeu prêmios como o Lions de Ouro em Cannes e o Aspid Platino, consolidando-se como referência em inovação médica. No país, vem ampliando sua atuação educacional ao receber estudantes de Medicina Veterinária e firmar parcerias com instituições especializadas, compartilhando conhecimento científico sobre biodetecção.
“Graças ao olfato dos cães, é possível criar uma maneira de acelerar o acesso aos exames para detecção da doença. O KDOG Brasil é mais um exemplo de como a interação humano-animal traz benefícios concretos para a saúde humana”, comenta a diretora de assuntos corporativos da Royal Canin Brasil, Carla Pistori.
Além da contribuição para a saúde pública, o trabalho também gera impacto social ao oferecer um ambiente de acolhimento aos cães participantes, que recebem acompanhamento constante de especialistas, proporcionando qualidade de vida e bem-estar animal.








