Insuficiência cardíaca congestiva canina exige manejo adequado e contínuo (Foto: Freepik)
As doenças cardíacas não acometem apenas as pessoas – estima-se que 6,8% da população brasileira sofre de algum problema cardiovascular – mas são também um importante problema de saúde animal. Segundo levantamento da Dechra, cerca de 10% da população canina apresenta algum tipo de doença cardíaca nas consultas de rotina.
Entre os problemas cardiovasculares mais comuns está a insuficiência cardíaca congestiva (ICC), que pode decorrer de outras condições cardíacas, como arritmias, defeitos congênitos, doença valvar crônica (DVC) – mais comum em cães de pequeno porte e idosos – cardiomiopatia dilatada (CMD) – mais comum em cães de grande porte – e doença mixomatosa da válvula mitral (DMVM).
A ICC ocorre quando o coração de um cão não consegue bombear sangue de maneira eficiente, resultando em acúmulo de líquido nos pulmões, abdômen ou outras partes do corpo, afetando todo o organismo do animal.
O manejo da insuficiência cardíaca congestiva canina envolve várias estratégias, incluindo mudanças no estilo de vida do pet e medicamentos, como os vasodilatadores e inotrópicos positivos à base de pimobendan, que aumentam a força de contração do coração sem aumentar a demanda de oxigênio, melhorando a eficiência do bombeamento do sangue.
Promovendo a saúde dos animais
Considerando que os cães idosos são os mais afetados pelas doenças cardíacas e que a busca por aumentar a expectativa e a qualidade de vida dos animais é cada vez maior, iniciativas que promovam a troca de conhecimento e a conexão entre a indústria farmacêutica e os médicos-veterinários são fundamentais para beneficiar a saúde dos animais.
Diante desse cenário, a VetFamily firmou parceria com a Dechra Brasil para disponibilizar à sua comunidade mais oportunidades de disseminação de informações e benefícios para os médicos-veterinários.
“A rotina dos veterinários é intensa e como comunidade conseguimos auxiliá-los disponibilizando diversos canais de comunicação com conteúdo técnico de alta qualidade, novidades em tratamentos e troca de experiências, além de benefícios exclusivos das empresas parceiras. O médico-veterinário precisa estar a par das opções de tratamento que mais se adequam a cada paciente e à realidade do tutor”, revela o médico-veterinário, Head Latam e Diretor-Geral da VetFamily no Brasil, Henry Berger.
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Sintomas
Os sinais clínicos da ICC podem variar de acordo com a gravidade e o tipo de insuficiência. Por isso, o tutor deve observar se o cão apresenta os sintomas: tosse persistente, especialmente à noite ou após atividade física; fadiga e intolerância aos exercícios físicos; dificuldade para respirar e respiração ofegante; perda de peso ou apetite devido ao desgaste energético crônico; aumento do volume abdominal, devido ao acúmulo de líquidos; gengivas pálidas ou azuladas; aumento da frequência cardíaca e desmaios durante ou após exercício.
“O ideal é que os cães passem por consultas médicas regularmente para que qualquer alteração possa ser detectada precocemente. A partir dos 7 anos, a indicação é que as consultas e os check-ups sejam realizados pelo menos a cada seis meses”, alerta Berger.
O compromisso do tutor é crucial para o sucesso do tratamento da ICC, que geralmente inclui, além do pimobendam, o uso de diuréticos (para reduzir o acúmulo de líquidos) e inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), a depender da gravidade da doença.
“Já o monitoramento constante dos sinais clínicos assegura que o tratamento se mantém adequado e auxilia o tutor a buscar ajuda médica ao menor sinal de alteração”, conclui o veterinário.