Obesidade em pets pode acarretar em doenças cardiovasculares
Condição que demanda atenção, por causa dos riscos associados, como a predisposição a doenças cardiovasculares, a obesidade em cães e gatos pode encurtar a vida destes animais, além de prejudicar o bem-estar de maneira significativa.
Diante disso, é crucial adotar estratégias eficazes para reduzir os casos de obesidade e mitigar os perigos que ela representa. Considerando os aspectos comportamentais, é interessante notar como a relação entre os humanos e seus pets tem evoluído ao longo do tempo.
De acordo com a zootecnista e técnica comercial da Blink Bioscience, Hysla Milena, enquanto no passado esses animais eram, em sua maioria, vistos como auxiliares nas caçadas e protetores de propriedades, hoje eles ocupam um lugar especial como membros das famílias.
“A correlação dos hábitos alimentares e físicos de tutores e pets é uma das causas da obesidade. É importante que esse efeito de causalidade esteja evidente”, orienta a profissional.
Estratégias nutricionais
Segundo Hysla, no que diz respeito aos aspectos nutricionais, é fundamental adotar uma abordagem cuidadosa para evitar a obesidade, já que a seleção de alimentos que fornecem o equilíbrio adequado de nutrientes desempenha um papel crucial na prevenção dessa condição.
Ela cita que, em cães obesos, estudos demonstraram que a inclusão de b-glucanos na dieta está associada à redução dos níveis de triglicerídeos e colesterol, bem como à diminuição dos metabólitos relacionados à resposta inflamatória.
“Além disso, foi observado que esses animais apresentam menor diversidade no microbioma intestinal. Nesse sentido, a suplementação com b-glucanos e mananoligossacarídeos pode ajudar a estimular a microbiota intestinal desejada”, menciona a especialista.
Em resumo, ela reforça que a obesidade em animais de companhia é uma condição multifatorial para evitar as consequências negativas, como problemas cardiovasculares. “É essencial compreender o ambiente em que o animal está inserido, adotar hábitos saudáveis, incluir alimentos adequados em sua dieta e aplicar métodos eficazes de prevenção e tratamento”, conclui Hysla.