Problema pode ser causado por otite, tumores, traumas mecânicos oriundos de fraturas, contusões e por distúrbios neurológicos, além da própria genética. Veja como identificar os sintomas!
Seu cachorro ou gato tem dificuldade de subir e descer escadas, não demonstra mais o mesmo entusiasmo em sair para passear ou circular pela casa, e já não faz aquela festa quando você chega da rua? Esses podem ser alguns sintomas indicativos de que seu pet esteja sofrendo de dor crônica.
“Com o avanço da medicina veterinária, os cães tendem a viver mais e problemas relacionados à idade também passam a ser mais frequentes. A osteoartrite, por exemplo, é uma das doenças mais recorrentes nesta fase”, afirma a médica veterinária Luciana Nishi, gerente de Marketing do Vetoquinol, um dos dez maiores laboratórios veterinários do mundo dedicados à saúde animal.
A osteoartrite, por exemplo, é uma doença degenerativa crônica que afeta ossos e tecidos moles de articulações (principalmente joelhos), Além da dor, ela reduz a flexibilidade do animal.
A dor crônica também pode ser causada por otite, tumores (câncer), traumas mecânicos oriundos de fraturas, contusões, e por distúrbios neurológicos, além da própria genética.
De acordo com Luciana, algumas raças de cães (como rottweiler e pastor alemão) e de gatos (como o maine coon) são mais predispostas a manifestar doenças.
Uma delas é a chamada displasia coxofemoral, uma anormalidade nas articulações coxofemorais ocasionada por alterações ósseas nas margens do acetábulo, na cabeça e colo do fêmur, que acaba gerando desarmonia ou instabilidade nesta articulação.
Sinais clínicos
Segundo a especialista, os sinais clínicos mais comuns são dificuldades para realizar movimentos (correr, caminhar, levantar); maior esforço para movimentação em pisos lisos; claudicação de um ou dois membros posteriores, o que leva a depositar mais peso nos membros anteriores; redução na amplitude das passadas; e relutância à realização de exercícios.
Se o cão ou gato sofre de alguma dor crônica é necessário acompanhamento veterinário. “O profissional especializado sabe como realizar o manejo da dor, que envolve o uso de medicamentos específicos, como anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES) e/ou analgésicos, assim como tratamentos complementares”, afirma Luciana.
Sintomas em cães
Outros problemas também podem indicar que seu pet está com dor crônica, conforme indica a empresa Labovet Produtos Veterinários (http://labovet.com.br). Confira abaixo!
- Respiração ofegante: se seu “amigão” está ofegante sem razão aparente, ou seja, sem praticar nenhuma atividade intensa, algo pode estar errado. A respiração ofegante também é um indicativo de dor e o ideal é prestar atenção e consultar o veterinário.
- Esfregar a pata no rosto: caso seu cachorro, continuamente, esfregue a pata no rosto como se estivesse coçando o focinho, ele pode estar com algum problema nos olhos. Esse é o principal sinal de cães que estão com uma conjuntivite. A atitude de esfregar as patas no focinho também pode ser sinal de excesso de tártaro ou dores de dente. Em situações mais graves, isso ainda pode indicar a presença de tumores na boca ou garganta.
- Tossir ou engasgar: muitos donos acreditam que, ao tossir, o cachorro está se engasgando, mas às vezes pode ser apenas tosse. Se for frequente, é melhor prestar atenção, pois pode ser que seu “amigão” esteja com uma gripe canina ou até uma bronquite.
A tosse do cão também pode indicar uma bronquite, que pode ter origem alérgica ou mesmo genética. Por se tratar de uma doença crônica, o veterinário deve prescrever bronco dilatadores ou anti-histamínicos.
É importante destacar que, segundo a Labovet, a gripe canina é causada por um vírus (H3N8) que não afeta humanos, mas é transmitida entre cães. É mais comum contrair essa doença em períodos de clima frio e seco, e em locais onde exista uma concentração maior de animais, como hotéis e canis, por exemplo.
Um cão gripado, além de tossir de forma persistente, também apresenta coriza, espirros e febre. Para evitar a doença, o ideal é manter seu animalzinho vacinado regularmente. Caso ele fique muito doente, o indicado é que o tutor procure um médico veterinário para que o pet possa ser medicado da melhor forma.
Caso seu pet já esteja em idade avançada e é de pequeno porte, a tosse também pode ser indício de um colapso de traqueia, quando ocorre um estreitamento das vias respiratórias causadas pela flacidez.
Conforme o Labovet, “a doença cardíaca em cães também tem como sintoma a tosse e, por isso, é importante ficar de olho, pois a tosse também é um pedido de socorro”.
- Lamber partes do corpo: de modo geral, os cães lambem suas feridas, o que deve ser evitado para que não ocorra uma infecção. Porém, se não existem machucados, lambidas de forma excessiva em uma mesma parte do corpo podem indicar alergia, dermatite e até dores na região. Caso seu animalzinho não pare de se lamber, é melhor agendar uma consulta com o veterinário.
- Mancar: se seu cão está mostrando dificuldades para andar e está mancando, esse é outro sinal de alerta. Mancar pode significar dores nas articulações, distensão muscular, ligamento rompido, lesões e até ossos quebrados. Cães que evitam subir escadas ou subir no sofá também podem estar com problemas.
- Salivar de modo excessivo: caso seu pet esteja babando demais, ele pode estar com algum problema no estômago ou ainda com náusea. Em situações mais extremas, esse é um dos principais sintomas do inchaço estomacal, que deve ser medicado com urgência.
Conforme o Labovet, esses são apenas alguns dos sintomas que devem ser interpretados como pedidos de socorro. “Além dessas, qualquer mudança de comportamento deve ser observada e, na dúvida, consulte sempre o veterinário!”
Sintomas em gatos
Se quem sofre é seu gatinho, o portal Perito Animal, que conta como colaborador o médico veterinário Bruno Gomes, identifica dez sintomas principais de dor crônica em felinos:
- Sinais de dor associados com a artrose;
- Falta de asseio e de marcar território;
- Protrusão da membrana nictitante (aparece uma membrana branca no olho);
- Sialorreia (excesso de saliva);
- Agressividade;
- Vocalização excessiva;
- Posturas antiálgicas (posições que diminuem a dor)
Uma das principais causas de dor em gatos é a artrose, uma patologia que, assim como ocorre em humanos, consiste em um desgaste da cartilagem articular. Caso o “bichano” tenha esse problema, ele apresentará os seguintes sinais de dor:
- Relutância ao movimento (não querer se mover): Muitos gatos que se encontram doloridos por problemas musculares e esqueléticos evitam mover-se na medida do possível Mas, com determinada idade, a tendência a se moverem o suficiente pode estar indicando que o gato sofre de artrose e não que está algo “apático”.
Ao contrário dos gatos, os cachorros “dizem-nos”, uma vez que acompanham os nossos passeios, momento no qual se põe em evidência qualquer desconforto ao caminhar. Os gatos optam por suprimir o que lhes produz dor, não subindo para o seu móvel favorito, por exemplo, e limitam o seu deambular cotidiano.
- Deposições fora da caixa de areia. Quem trata de forma habitual com gatos associa isso a um castigo perante a nossa ausência ou mudança de móveis, por exemplo. Mas por vezes, o nosso felino não consegue ter acesso à caixa de arei devido às dores. É por isso que uma revisão física do gato é imprescindível, antes de pensar que mudou o seu comportamento só porque sim.
- Prolongamento dos tempos de descanso. O último dos sinais de dor em gatos relacionados com a artrose é que se acomodam longos períodos de tempo nas suas camas. É habitual não darmos importância ao tema se temos gatos idosos, porque pensamos que já têm uma certa idade e que sempre gostaram muito de tirar os seus cochilos. É importante realçar que eles passam entre 14 a 16 horas diárias descansando, mas se o fazem em momentos que não faziam antes pode tratar-se de um sinal de dor.
Segundo a Perito Animal, “podemos saber se o gato sofre de artrose, principalmente, observando seu comportamento atual e avaliando se mudou alguma coisa, desta forma consegue obter muitas pistas”.
“Por exemplo, se o gato costumava saltar para a mesa assim que via comida, saltar para o arranhador ou correr todas as noites pelo passeio um bom bocado e leva algum tempo sem o fazer, será o momento de recorrer a uma revisão veterinária.”
Para mais informações da Perito Animal sobre sintomas de dores em gatos, clique no link (encurtado): ow.ly/yPs230mYPfQ.
Cuidados diários com pets
A médica veterinária Luciana Nishi, gerente de Marketing do Laboratório Vetoquinol, orienta o tutor no sentido de colaborar com os animais de estimação, promovendo alguns cuidados no dia a dia, que podem oferecer mais conforto ao pet.
Segundo ela, oferecer uma cama confortável, evitar deixar o pet em local frio ou exposto à umidade, elevar os comedouros e bebedouros são algumas dicas da especialista, assim como controlar o peso por meio de dieta equilibrada e passear por superfícies suaves, que ajudam a reduzir o impacto nas articulações, trazendo melhor qualidade de vida ao animal.
Para informações sobre medicamentos da empresa para tratar da dor crônica, acesse www.vetoquinol.com.br.