Conheça os pontos de atenção – e também os benefícios – da adoção de um pet
Dezembro é o mês das festas e, infelizmente, também um dos períodos de mais alta incidência de abandono de animais de estimação. Várias ações são criadas visando coibir essa ação, que é considerada crime federal desde 1998 e prevê pena de reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição de ter animais.
No Estado de São Paulo, por exemplo, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) instituiu, em 2021, a campanha Dezembro Verde – Não ao Abandono de Animais no Estado de São Paulo, que rapidamente se difundiu por outras regiões.
Roberta Paiva, gerente de marketing de Pet Health da Elanco, explica que a adoção responsável é aquela que garante o bem-estar animal e jamais termina em maus tratos ou abandono.
“Feriados, férias e mudanças na rotina contribuem para o aumento dos casos de abandono de cães nesta época”
Segundo ela, muitas vezes, famílias que adotaram animais de forma impulsiva percebem, mais tarde, que não têm condições de cuidar deles e, lamentavelmente, acabam abandonando seus pets.
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Cãobinado
Ela salienta que, para diminuir a incidência de adoções mal sucedidas, a companhia lançou, em dezembro do ano passado, o aplicativo Cãobinado, uma espécie de “tinder” que aproxima potenciais tutores e tutoras de cães que estão em abrigos e ONGs. “Mas para que o “match” ocorra, é preciso muito mais do que simplesmente achar o cãozinho fofo”, enfatiza.
Roberta conta que a ONG faz um cadastro minucioso sobre as características do animal. Do outro lado, o potencial adotante preenche um questionário sobre sua rotina e perfil:
“o aplicativo cruza as informações e traça um percentual de ‘match’ entre os potenciais tutores e os cães cadastrados na plataforma, demonstrando que a adoção vai além da análise das características físicas do animal”, explica.
Após essa etapa, o interessado ainda passará por uma triagem na ONG onde está o animal com o qual deu “match”.
Escolha consciente
Para Roberta, o aplicativo é uma ferramenta que ajuda o tutor a avaliar sua própria rotina e interesses, tornando o ato de adotar uma escolha mais consciente, e, portanto, menos impulsiva.
A executiva enumera alguns pontos de atenção para futuros adotantes:
1 – Compromisso a longo prazo
Cães podem viver mais de 10 anos e demandam atenção, cuidados veterinários e recursos financeiros. “Por isso, avalie se você dispõe desses recursos para atender às demandas do seu ‘aumigo’”, recomenda a profissional.
2 – Espaço e tempo
É importante avaliar se o lar é adequado ao porte e às necessidades do animal. “Isso não quer dizer que quem mora em apartamento não possa adotar; é preciso apenas conciliar as características do espaço com o perfil do cão”, ressalta Roberta.
Ela destaca que há animais que são mais tranquilos e se adaptam bem a espaços menores, por exemplo. Ou ainda, o tutor tem disponibilidade para ajudar seu animal a gastar energia, saindo para passear com uma frequência maior, entre outras possibilidades. “Por isso que reforçamos a necessidade de avaliar os perfis e não somente as características físicas”, relembra.
3 – Adaptação à rotina
Animais exigem atenção diária, passeios e interação. Aqui vale lembrar que, por mais tranquilo que o animal seja, ele é um ser vivo, que demanda atenção, alimentação, interação, brincadeiras etc.
4 – Planejamento familiar
Todos os membros da família – ou pessoas que convivem no mesmo lar – devem estar de acordo com a decisão de adotar e dispostos a participar dos cuidados.
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Benéfico para a saúde física e mental
Roberta salienta, no entanto, que não apenas de responsabilidades vive um adotante. “Adotar um animal é altamente benéfico para a saúde física e mental de seus tutores”, reforça.
A revisão de uma pesquisa global sobre adoção de animais e sua relação com a saúde e a sobrevivência humanas, intitulado Dog Ownership and Survival: A Systematic Review and Meta-Analysis1, publicado na “Circulation”, uma revista da Associação Americana do Coração, a posse de um cão foi associada a uma redução de 24% no risco de mortalidade por todas as causas em comparação com a não posse.
Nas análises de estudos que avaliaram a mortalidade cardiovascular, especificamente, a posse de cães conferiu uma redução de 31% no risco de morte cardiovascular.
Ou seja, ao adotar – e cuidar de forma responsável, evidentemente, do seu doguinho – você viverá mais e melhor também.
“E então? Quer fazer uma adoção responsável? Baixe o app do Cãobinado na Apple Store ou no Google Play Store e leia mais sobre os benefícios e responsabilidades de uma adoção em https://meupet.elanco.com/br ou nas redes sociais @elancopetsbr (Instagram) e @elancobrasil (Linkedin)”, conclui Roberta
.https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCOUTCOMES.119.005554
Fonte: Elanco Saúde Animal
Foto abertura: Pixabay/Divulgação