Cultivar Valessul tem melhor conservação pós-colheita
SCS373 Valessul é a oitava cultivar de cebola desenvolvida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina-Epagri. Ela reúne duas características importantes de outras duas variedades, também da unidade: o ciclo da “Bola Precoce” e a casca da “Crioula”.
De acordo com a Epagri, cultivares com ciclo de Bola Precoce, que podem ser colhidos a partir de novembro, são os mais produzidos no Estado. Mas os bulbos com casca mais escura, como é o caso da cebola Crioula, são os mais valorizados por produtores rurais e consumidores.
Maior produtor nacional de cebola, Santa Catarina deve colher cerca de 560 mil toneladas na safra 2016/17, podendo chegar a um recorde, superando a marca histórica de 2010.
“A casca mais escura da cebola Valessul vai permitir melhor conservação pós-colheita. Assim, o agricultor poderá manter seus estoques armazenados por mais tempo, escolhendo a melhor época de venda com base no preço. Além disso, os bulbos com coloração marrom agradam mais aos comerciantes e consumidores, facilitando a venda do produto”, informa a Epagri.
A expectativa é de que, já em 2018, existam sementes comerciais à disposição dos agricultores catarinenses, que desejarem plantar a nova cebola da Epagri.
Uma década de estudos
O desenvolvimento desta nova cultivar demandou pelo menos uma década de estudos, conduzidos pelo programa “Melhoramento Vegetal” da Estação Experimental da Epagri, em Ituporanga.
Ao longo de sua história, a unidade já desenvolveu outras sete variedades, sendo que cinco delas seguem em uso pelos agricultores: SCS366 Poranga, Epagri 363 Superprecoce, Empasc 352 Bola Precoce, Empasc 355 Juporanga e Epagri 362 Crioula Alto Vale.
Fonte: Epagri